Com criação, dramaturgia e atuação de Pâmela Côto e direção de Carla Zanini, solo Mamão Papai resgata experiências femininas de violência, ruptura e erotismo *
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Foto meramente ilustrativa. |
Em uma tentativa de reconexão com o pai, num reencontro familiar caótico e constrangedor, uma mulher compartilha suas vivências eróticas e afetivas
Partindo da
ideia de que é possível haver outras formas de viver como mulher, para além do
que é socialmente esperado, Pâmela Côto criou o solo Mamão Papai.
Com direção de Carla Zanini, o trabalho estreia no dia 15 de
outubro, às 20h, no CCSP - Centro Cultural São Paulo, e segue em
temporada até o dia 19 de outubro, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e no
domingo, às 19h. Depois, faz apresentações no Teatro Arthur Azevedo
entre os dias 7 e 16 de novembro.
Além
da temporada, o projeto amplia sua atuação com a realização de três
workshops gratuitos que acontecem entre outubro e novembro no CCSP, na
Casa de Cultura do Butantã e no Teatro Arthur Azevedo. As atividades
abordam dramaturgia, com a escritora Maria Isabel Iorio; produção
executiva, com a produtora cultural Thaís Venitt; e direção cênica,
conduzida por Carla Zanini, oferecendo diferentes perspectivas sobre a
criação artística e promovendo a troca de experiências entre artistas, público
e novos profissionais interessados em se aproximar das artes cênicas.
Informações e links para inscrição no perfil @mamaopapaiteatro.
Sobre o espetáculo
Na
trama da peça, que tem colaboração dramatúrgica de Maria Isabel Iorio, uma
mulher atravessa memórias eróticas e afetivas, em uma tentativa de reconexão
com o pai, depois de anos de silêncio, num reencontro familiar. A protagonista
relembra histórias de afetos que são atravessadas por diversas formas de
violência, principalmente envolvendo figuras masculinas. “Mas ela precisa
reconstruir essas narrativas e, nessa trajetória, resgata muitas memórias
eróticas, que trazem o prazer numa perspectiva ativa, questionando o seu papel
social esperado. A peça é uma ode à vida, ao direito de amar, de gozar e de
celebrar”, comenta Pâmela.
Para
a criadora do espetáculo, a personagem está em constante tentativa de ruptura
com uma feminilidade padrão, com um papel de gênero tradicional. “Ela traz à
tona as suas experiências, como um grande jorro, um confronto, à medida que
busca alguma conexão com o pai: que abandona a sua função quando sua esposa, a
mãe, resolve se separar. Ali fica evidenciado o enorme hiato na relação desse
homem com a filha”, acrescenta.
Concepção da montagem
Com
assistência de direção de Giuliana Maria e preparação de elenco de Felipe
Rocha, a direção de Zanini explora no diálogo atriz-platéia essa troca intensa,
sem filtros e recheada de dor e humor. “O texto investiga também a violência em
sua dimensão menos óbvia: aquela que se manifesta no silêncio. Em contraponto a
esse silêncio, a trajetória da protagonista se revela como um percurso
turbulento e intenso, cheio de contradições e afetos, que afirma a
possibilidade de existir em plenitude — com tudo o que a vida entrega. E é a
partir dessa complexidade infinita que é viver que a montagem percorre essa
montanha-russa de sentimentos” conta a diretora.
O
nome Mamão Papai faz também referência a uma árvore e o seu fruto,
representando uma narrativa capaz de presentificar os buracos. A ausência
paterna provoca uma tentativa de reconstruir os contornos de uma figura
masculina borrada, que provoca amor, raiva e sentimento de abandono.
Nesse
contexto, todas as masculinidades retratadas no solo são alegóricas,
simbolizando as situações estruturantes das experiências femininas. E a
protagonista não tem nenhum tabu ao se expor para a plateia.
A
iluminação de Sarah Salgado, o cenário de Celina Lira e o figurino de Andy
Lopes, não apenas constroem o espaço concreto onde a protagonista reencontra
seus familiares, como configuram esse ‘não-lugar’ onde suas vivências se
expandem e se tornam território de delírio.
Nesse
mesmo jogo, a trilha sonora criada por Mini Lamers e as projeções de Julia Ro
abrem novas camadas de sensações e memórias, atravessando passado e presente,
revelando novas dimensões da história e subjetividade da personagem. Cada
elemento — luz, imagem e som — compõem esse imaginário que se desenrola até o
momento presente, surpreendendo o público com elementos inesperados e
transportando-o para o universo íntimo e complexo desta mulher.
Sinopse: Mamão
Papai é
um solo de autoficção que investiga os vínculos entre prazer, trauma e
identidade. Num reencontro familiar, uma mulher atravessa memórias eróticas e
afetivas, em uma tentativa de reconexão com o pai, depois de anos de silêncio.
Entre humor e vertigem, a peça reflete sobre amor, liberdade, sexualidade e os
atravessamentos da masculinidade em uma vida feminina.
Direção: Carla
Zanini
Colaboração
Dramatúrgica: Maria Isabel Iorio
Interlocução
Dramatúrgica: Amanda Lyra
Assistência
de direção e Preparação Corporal: Giuliana Maria
Cenário
e Direção de Arte: Celina Lira
Iluminação: Sarah
Salgado
Operação
de Luz: Laysla Loyse
Figurino: Andy
Lopes
Trilha
Sonora e Operação de som: Mini Lamers
Preparação
de atuação: Felipe Rocha
Colaboração
coreográfica: Débora Veneziani
Videografia: Julia Ro
Operação
de vídeo: Julia
Ro | Lui Cavalcante | Talbone
Identidade
Visual, fotos e vídeos de Divulgação: Rafaela Guitel
Designer
Gráfico: Thainá Carline
Redes
Sociais: Jorge
Ferreira
Assessoria
de Imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
Produção: Corpo
Rastreado | Gabs Ambròzia
Produção
Executiva: Thaís Venitt
Assistente
de Produção: Bento Carolina
Debate
ao final do espetáculo das 20h (quando a sessão for dupla) - Exceto os dias
15/10 no CCSP e dia 06/11 no Arthur Azevedo
CENTRO
CULTURAL SÃO PAULO
De
15 a 19 de outubro de 2025
Quarta
a domingo, às 20h, sábado e domingo, às 18h e às 20h.
Bilheteria
digital: https://ccsp.ticketmais.com.
Retirada
online 1 dias antes de cada evento ou no dia presencialmente na bilheteria 2h
antes
TEATRO
ARTHUR AZEVEDO - SALA MULTIUSO
De
6 a 16 de novembro de 2025
Quarta
a sexta, às 20h e sábados e domingos, às 18h e às 20h
Endereço:
Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca
Ingresso: gratuitos,
retirada uma hora antes do início
Créditos: Dani Valério | Canal Aberto
* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa
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