Mostra "Nítido & Obscuro", do artista visual português Diogo Bolota, discute a percepção da realidade na Objeto Particular, em São Paulo *
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Foto meramente ilustrativa. |
É a segunda exposição individual do artista lusitano no Brasil
O artista visual Diogo Bolota apresenta a exposição “Nítido &
Obscuro”, até o dia 20 de setembro de 2025, na Objeto Particular, no Pacaembu,
em São Paulo. Na finissage, haverá um registro poético gratuito com Diogo
Bolota, Eveline Sin, Daniel Minchoni, Lia Petrelli e Rodrigo Qohen, a partir
das 18h30.
Movido por uma pesquisa intersemiótica, a mostra apresenta um corpo de trabalho
que se articula entre a pintura, escultura e o desenho, numa instalação pensada
para este espaço que visa refletir sobre a camadas de percepção e interpretação
de um olhar poético que expande questões metafísicas nos trabalhos
apresentados. O texto crítico fica a cargo de Catalina Bergues.
A partir do tema “Nítido e Obscuro” (1993), do álbum Delírio Carioca, do
compositor brasileiro Guinga, Bolota parte das letras para o seu preceito,
revelando no seu gesto a fragilidade ocular das suas limitações perceptivas.
Afinal, “É sempre nítido e obscuro o que se quer”. É nesta ambivalência,
recorrente na linguagem do seu trabalho, que Bolota procura desdobrar a
perspectiva, traduzindo binómios incorrigíveis.
“Tudo começou numa necessidade de ver ao longe. Se, neste momento, me encontro
numa grande metrópole em que não vejo o horizonte, para superar essa ausência,
tive que me ausentar várias vezes de São Paulo para encontrar essa linha fugaz,
que se estende na horizontal, acompanhando o nosso alcance visual. Quando uma
imagem nos entra pelos olhos, é invertida pela retina e processada de modo a
ficar corrigida pelo cérebro. Pela genética que herdei, a imagem que meus olhos
recebem passa por duas correções: a primeira, um ângulo de quinze graus, de
seguida, a correção focal que as lentes dos meus óculos corrigem. E, por isso,
defeitos à parte, esta exposição debruça-se sobre uma correção constante — a
perceção — que temos daquilo para o qual estendemos o nosso olhar. Trata-se,
portanto, de uma forma de ver constantemente sujeita a interferências e
alterações que, de uma forma ou de outra, procuram corrigir o meu olhar",
diz Diogo Bolota no texto crítico.
Sobre o artista
Diogo Bolota nasceu em Lisboa/Portugal, em 1988. Vive e trabalha entre São
Paulo e Lisboa. Estudou Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de
Lisboa, entre 2006 e 2008, e licenciou-se em Arquitetura na Faculdade de
Arquitetura da Universidade de Lisboa, em 2012. Em 2013, concluiu o MA Drawing
pelo Wimbledon College of Arts, University of Arts, Londres. Expõe
regularmente desde 2014.
Apresentou as exposições individuais: “A infamiliaridade das coisas”, 2024,
CAMA São Paulo - Kubikgallery, em São Paulo; “C’est quoi cette danse?”, 2024,
Galeria Dialogue, em Lisboa; “Partida do Fim”, 2023, Gabinete Giefarte, em
Lisboa, com curadoria de Ana Anacleto; “The Air-Conditioned Nightmare”, 2021,
Uma Lulik Gallery, em Lisboa; “Defeito Desfeito”, 2020, no Quartel da Arte
Contemporânea de Abrantes com curadoria de Luísa Especial; “Sinalefa”, 2016,
no Mu.sa - Museu das Artes de Sintra; “Esgaravatar”, 2016, na Casa-Museu
Medeiros e Almeida, em Lisboa; “Objectar”, 2016, no Museu Geológico de Lisboa;
e “Sabotagem”, 2015, n’A Ilha no Maus Hábitos, no Porto. Entre as exposições
coletivas destacam-se “Contravenção” do espaço Buraco na Gruta em São Paulo,
2025, “Escuta à procura de Som" com curadoria de Isabella Lenzi, 2019, no
Consulado Geral de Portugal em São Paulo; “Nome do Meio", 2018, na
Moradia; “Cidade Jardim”, 2017, na Galeria Diferença, duo com Fernando Brito;
“Babel”, 2015, na Miguel Justino Contemporary Art; e “Canto Chanfrado",
2014, no Espaço Avenida 211.
Tem o seu trabalho publicado pelas editoras Sistema Solar / Documenta, Caixa
Negra (Saco Azul) e Fundação de Serralves. Em 2024, foi nomeado para o prémio
Norberto Fernandes. Em 2017, foi nomeado para o prémio Novo Banco Revelação,
Fundação de Serralves. Em 2019, foi artista residente da Fundação Armando
Álvares Penteado (FAAP).
O seu trabalho está presente na CACE - Coleção de Arte Contemporânea do
Estado; Fundação Carmona e Costa; Coleção Figueiredo Ribeiro; Coleção
Eduardo Rosa.
Sobre o espaço
Objeto Particular é um espaço cultural em São Paulo, criado pelo publicitário e
colecionador Sérgio Godoy, que funciona como uma galeria e um local de encontro
para artistas contemporâneos brasileiros. O espaço expõe e vende objetos
variados, incluindo obras de arte, itens de mobiliário, decoração, impressos,
itens colecionáveis e outros objetos, com foco na arte popular brasileira. A
galeria busca ser um espaço aberto e múltiplo, com exposições regulares de
artistas populares e emergentes.
Escute a canção “Nítido & Obscuro” (1993) do compositor brasileiro Guinga
SERVIÇO RÁPIDO
Exposição “Nítido & Obscuro” de Diogo Bolota
Texto crítico: Catalina Bergues
Visitação: 25 de agosto a 20 de setembro de 2025
Finissage: Registro poético com Diogo Bolota, Eveline Sin, Daniel
Minchoni, Lia Petrelli e Rodrigo Qohen (20/09, 18h30 - gratuito)
Segunda a Sábado, das 10h às 18h
Entrada Gratuita
Local: Objeto Particular
Rua Gustavo Teixeira, 362
Pacaembu - São Paulo, SP - 01236-010
redes sociais
Diogo Bolota @diogo.bolota
Catalina Bergues @catalina.bergues
Objeto Particular @objetoparticular
Créditos: Érico | Marmiroli Comunicação
* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa
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