Eric Clapton: 55 anos de seu primeiro disco solo
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"Eric Clapton", primeiro disco solo de Eric "God" Clapton, completa 55 anos de lançamento em 2025. |
Neste mês de agosto marca o 55º aniversário do lançamento do primeiro disco solo de Eric Clapton, que traz apenas o nome do músico. Gravado entre novembro de 1969 e março de 1970, o álbum foi produzido por Delaney Bramlett e lançado pela Atco/Polydor.
Antes da empreitada solo, Eric Clapton já tinha bagagem, pois participou
de grupos como os The Yardbirds, Cream e Blind Faith. Além disso, já era
aclamado de “God” (“Deus”) por seus
admiradores graças à sua forma virtuosa de tocar guitarra.
Eric gravou algumas faixas em novembro de 1969 no Olympic Studios, em
Londres, e fez mais duas sessões: uma em janeiro de 1970, no Village Recorders
Studios, em Los Angeles, e a outra no Island Studios, na capital britânica, em
março de 1970. Um grande número de músicos que trabalharam com Clapton no
álbum tocava na banda Delaney & Bonnie & Friends, que anteriormente
abriu os shows do Blind Faith. Os músicos incluíam o núcleo de Derek & the
Dominos, incluindo o co-criador e co-compositor Bobby Whitlock, que pode ser
ouvido em “Let It Rain“.
O álbum apresenta uma variedade de ritmos, entre temas autorais e
regravações de canções, que vão do Blues de “Bottle Of Red Wine”,
até o rock básico de “Blues Power”. Mas os destaques
ficaram por conta de “After Midnight”, de J.J. Cale, que
foi lançada como single, e “Let It Rain”, o
segundo single, além das soberbas “Easy Now” e “Lovin’ You, Lovin’ Me”. Ainda acrescento a faixa
de abertura, a instrumental “Slunky“, que começa
arrebentando com tudo, com os metais e o piano se sobressaindo e uma bela dose
de jazz. Vale reforçar também que esse play marcou por ter sido o primeiro em
que Clapton, além de tocar sua guitarra, participou com mais afinco no processo
de composição e também colocou sua voz nas músicas, mas que, anos depois, o
próprio Eric disse que não gostava dela porque “soava jovem” e que ele gostaria
de que a sua voz aparentasse a de um cara mais velho (na época que o álbum
saiu, o músico tinha apenas 25 anos).
Embora seja
oficialmente um disco solo de Clapton, esse trabalho é praticamente um álbum do
Derek and The Dominoes, a próxima banda que o guitarrista participaria ainda em
1970. Isso porque boa parte do time de músicos que gravaram esse play tem, além
de Clapton, as presenças do baterista Jim Gordon, do baixista Carl Randle e do
tecladista Bobby Withlock, ou seja, todos do Derek, e que estavam acompanhados
de parte do DBF – Delaney Bramlett, guitarrista e que colaborou na produção e
na autoria de algumas músicas da obra, o saxofonista Bob Keys e de Bonnie
Bramlett no backing vocal, além de ilustres convidados como os guitarristas
Dave Mason e Stephen Stills e do tecladista Leon Russel. E dizem que George
Harrison também participou, mas ele não aparece nos créditos.
A capa da
obra mostra Eric Clapton sentado em uma sala que será decorada e que tem as
presenças de uma escada, uma cadeira e alguns tapetes e, enquanto isso, o
músico segura um cigarro com a mão direita e acompanhado de sua Fender
Stratocaster Brownie.
E, passados
meio século dessa obra-prima, há quem diga que esse é o melhor disco já lançado
por Eric Clapton. Pode até ser, mas não vou levantar polêmica aqui até porque
sou muito suspeito para falar do guitarrista, pois sou um “claptonmaníaco”.
Mas, certamente, o que tenho a dizer é que esse álbum é mais que obrigatório na
sua coleção.
A seguir, a
ficha técnica e o tracklist da obra.
Eric Clapton: guitarra e
voz
Por Jorge
Almeida
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