Helena Theodoro, primeira doutora negra do brasil, é tema de ocupação no CCBB SP *
A programação reúne espetáculos, oficinas, música, cinema, mesas de debates, exposição em homenagem à Léa Garcia e ainda palestras, incluindo uma com a própria Helena Theodoro
São Paulo, novembro de 2024 -
O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP) recebe, a partir de 6 de
dezembro, a ocupação "Trilogia Matriarcas", uma homenagem
à vida e obra de Helena Theodoro, primeira doutora preta do Brasil.
A programação celebra os 80 anos de sua trajetória, marcada pela defesa da
cultura afro-brasileira e pelo enfrentamento ao racismo estrutural. Com uma
agenda que inclui teatro, exposições e debates, o evento, que acontece no
prédio anexo do CCBB São Paulo, oferece ao público uma imersão no legado
multifacetado da ativista. O projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e
Banco do Brasil, com patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de
Incentivo à Cultura - Lei Rouanet.
A programação é ancorada nos espetáculos da trilogia "Matriarcas",
composta por três peças teatrais inspiradas nas vivências de Helena Theodoro e
em histórias de mulheres negras que enfrentaram desafios e transformaram suas
realidades. "Mãe de Santo", com dramaturgia de
Renata Mizrahi e direção de Luiz Antônio Pilar, traz a premiada atriz Vilma
Melo no papel principal. A peça, escrita a partir de textos e relatos de Helena
Theodoro, reflete sobre os muitos papéis desempenhados por mulheres negras ao
longo da vida, evocando questões de ancestralidade e espiritualidade, trazendo
um posicionamento firme e de orgulho das histórias contadas e passadas por
gerações e documentando como as mulheres afro-brasileiras são diálogos, corpos
sagrados que utilizam o homem como complemento de suas narrativas e vivências.
“Esse espetáculo é a expressão da minha felicidade
e do meu compromisso com nossa ancestralidade. Um projeto que nasceu em 2018,
após a descoberta do Alzheimer da minha avó materna Maria (que é mãe de santo)
e da reconexão com a minha fé, que me permitiu vislumbrar esta montagem
trazendo à cena histórias de tantas mulheres que admiro, que me inspiram e me
orientam”, revela o idealizador, produtor e Diretor da Palavra Z, Bruno Mariozz.
Já "Mãe Baiana", estrelada por Dja Martins
e Luiza Loroza, trata do luto e da memória afetiva por meio da relação entre
avó e neta. No enredo, a avó lida com a perda de um filho, fato que Helena
Theodoro viveu quando seu menino de quatro anos morreu afogado. No início, ao
contrário da avó que compreende a morte, a neta inicia a narrativa sem
entendimento, mas aos poucos se reconcilia com o conceito. Embora a premissa
seja marcada por tristeza, a obra retrata a dor com sensibilidade e também com
a serenidade que a personagem da avó - e de certa forma, Helena - adquire ao
longo do tempo.
Para o diretor Luiz Antonio Pilar, a concepção de “Mãe baiana” nasce da
proposta do texto. Nele, estão os conflitos de gerações e de conceitos entre
uma jovem mulher de seus 20 e poucos anos e sua avó, octogenária. “Um conflito
que não significa necessariamente violência ou brigas, mas as diferenças de
ideias de tempos que já passaram. São dois mundos diferentes que hoje estão no
mesmo espaço”, analisa o diretor, que fala também sobre a perspectiva racial da
montagem. “Me ressinto com a dramaturgia nacional que quando vai falar do
negro, principalmente o urbano, é sempre no conflito da violência. A questão
nunca é contraditória ou está na diferença de perspectiva. É sempre no jovem
negro matando ou morrendo, da família desconstruída, da falta de afeto. Em ‘Mãe
baiana’ o conflito está inserido numa sociedade cotidiana e na família
geracional, constituída por mulheres, convivendo no mesmo espaço”, explica
Pilar.
O terceiro espetáculo, "Mãe Preta", com
dramaturgia de Valesca Lins, destaca a jornada de uma mulher negra que, ao
superar grandes perdas, reconstrói sua vida, reafirma sua independência e se
fortalece como pilar de sua comunidade. A peça tratará da mulher dessa
"Helena" de volta ao seu lar. Mulher empreendedora, independente e
muito consciente de sua capacidade de atuar na comunidade, cuidando dos filhos
e suprindo as necessidades econômicas dos seus, junto com sua mãe e filha. Esse
texto inédito retrata uma das últimas revelações da doutora: "Antes
do Brício nascer meu casamento já estava no fim, e eu como mulher morta há
muito tempo. Foi após a morte do meu filho Brício, que ao chegar no fundo do
poço, tive que me reerguer e reencontrar a Helena Theodoro que hoje todos
conhecem. Que não é a metade da laranja de ninguém, muito menos a costela de
adão. Nós mulheres somos 51% da sociedade, os outros 49% são nossos filhos”,
explica Helena.
Além dos espetáculos, a exposição "Baobá de Memórias
- uma homenagem à Léa Garcia”, uma das grandes damas do teatro negro
brasileiro, irá complementar a experiência. A mostra presta tributo à atriz em
seu último trabalho, a versão audiovisual de Mãe Baiana, também
dirigida por Luiz Antônio Pilar. O público poderá conferir fotos de cena e de
bastidores, além de áudios, figurinos da peça e uma grande estante de
referências de livros de pessoas pretas, especialmente mulheres. Ao entrar na
exposição, o visitante atravessa um labirinto de turbantes, até se deparar com
um grande baobá com mais de 300 flores em formato pendular, que saem do teto em
várias camadas. A exibição da sessão audiovisual da peça “Mãe
Baiana”, com participação de Léa Garcia e Luana Xavier, também faz
parte da programação.
A ocupação em homenagem à Helena inclui também seis mesas de debates que
serão transmitidas ao vivo e disponíveis nas redes sociais da produtora Palavra
Z. Entre os temas estão o sagrado feminino, a diversidade, a política e as
escrevivências femininas, reunindo grandes nomes como Cláudia
Alexandre, Sueli Carneiro, Elisa Lucinda, Luana Xavier e Mãe Márcia Marçal.
A “Trilogia Matriarcas” também conta com uma programação de palestras,
oficinas e música que ampliam a vivência cultural do público. Entre os
destaques estão as palestras “Princípio Feminino nas Filosofias Africanas"
(7/12), com Helena Theodoro, e "Filosofia Africana no Brasil" (30/01),
que exploram a presença do pensamento africano nas discussões contemporâneas
sobre identidade e cultura. As oficinas trazem propostas diversas, como a de
sonoridades com Dani Nega (15/12), que aborda o uso do sample como
dramaturgia sonora, e a de dança-afro “Raízes do Movimento” (22/12),
com Fernanda Dias, que reflete sobre o corpo e a ancestralidade. Também estão
previstas as oficinas "O Encanto das Ervas" com Mãe
Márcia Marçal (12/01), a oficina de teatro para infância "Eu o
outro o espaço e a comunidade" com Graciana Vallades (05/01)
e "Ancestralidade pelas Mãos" com Andreia da Silva
Luiz (19/01).
Para completar a programação, aos sábados, a partir das 17h, o público
poderá conferir a discotecagem de Dani Nega. Com entrada gratuita, a ocupação
promete trazer uma nova perspectiva sobre Helena Theodoro ao
público, que terá a oportunidade de conhecer mais sobre sua história e ideias
que se tornaram referência para a nova geração de pensadores e ativistas. E
para a filósofa, essa ocupação representa uma verdadeira celebração da
filosofia africana e da mulher negra:
“Estou profundamente feliz e honrada com essa ocupação no CCBB. Para mim,
essa é uma oportunidade incrível de celebrar e difundir a filosofia africana,
especialmente por meio de espetáculos que exaltam as múltiplas dimensões da
mulher: política, sagrada e secreta. Essas diferentes facetas coexistem em uma
única mulher, e isso reflete a visão africana de que a mulher não se limita a
um papel preestabelecido. Ela pode ser política, espiritual, e desempenhar
muitas outras funções. Além disso, o que mais me emociona é a possibilidade de
usar o palco para compartilhar essa visão do feminino como uma força vital,
capaz de gerar, expandir e conectar gerações. É um espaço onde o saber
ancestral e a arte se entrelaçam para enriquecer nossa cultura contemporânea”,
ressaltou Helena.
Ao destacar o legado de Helena Theodoro, o Centro Cultural Banco do
Brasil celebra a história de resistência e sabedoria da cultura
afro-brasileira, oferecendo ao público uma experiência enriquecedora que
conecta arte, conhecimento e transformação social. Essa iniciativa fortalece o
papel do CCBB como um espaço de valorização e celebração das múltiplas vozes
que compõem a identidade cultural brasileira.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
De 06 de dezembro de 2024 até 23 de fevereiro de 2025.
EXPOSIÇÃO
BAOBÁ DE MEMÓRIAS – UMA HOMENAGEM À LÉA GARCIA | Térreo Anexo | 12 anos
De 06 de dezembro a 25 de janeiro de 2025.
Todos os dias, exceto às terças, de 9h às 20h
Obs: sábados de 9h às 19h (devido à discotecagem)
CINEMA
EXIBIÇÃO DO FILME “MÃE BAIANA” com Léa Garcia e Luana Xavier | 1ª andar Anexo |
40 min | 12 anos | 70 lugares
De 06 de dezembro a 25 de janeiro de 2025.
Todos os dias, exceto às terças.
Segundas, quartas e sextas de 9h às 20h | quintas de 9h às 16h (devido
às mesas de debates) sábados de 9h às 18h (devido à discotecagem) |
domingos de 12h às 20h (devido às oficinas)
Exibição com sessões a cada 1 hora.
TEATRO
Mãe de Santo
19 de dezembro 2024 a 5 de janeiro 2025
quinta e sexta às 19h | sábado e domingo às 18h
Sessão extra 26 de janeiro de 2025 – domingo às 15h
50 minutos | 12 anos | Teatro | 120 lugares
Mãe Baiana
10 a 26 de janeiro 2025
Sexta às 19h | sábado e domingo às 18h
50 minutos | 12 anos | Teatro| 120 lugares
Mãe Preta
30 de janeiro a 23 de fevereiro 2025
Quinta e sexta às 19h | Sábado e domingo às 18h
50 minutos | 12 anos | Teatro| 120 lugares
DEBATES
Dia 6/12, sexta-feira - “O Sagrado Feminino”, com Mãe Flávia Pinto e Claudia Alexandre |
17h às 19h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 12/12, quinta-feira - “Mulheres Secretas”, com Elisa Lucinda e
Jéssica Nascimento | 17h às 19h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 19/12, quinta-feira - “Escrivências Femininas”, com Lia Vieira
e Rita Teles | 17h às 19h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 09/01, quinta-feira - “Mulheres Sagradas”, com Mãe Márcia
Marçal e Luana Xavier | 17h às 19h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 16/01, quinta-feira - “Mulheres Políticas”, com Sueli Carneiro
e Katiuscia Ribeiro | 17h às 19h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 23/01, quinta-feira - “Diversidade Feminina”, com Sara York e
Sanara Santos | 17h às 19h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
PALESTRAS
Dia 7/12, sábado - “Princípio Feminino nas Filosofias Africanas”, com Helena Theodoro
| 10h às 12h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
OFICINAS
Dia 15/12, domingo - “Sonoridades: sample como dramaturgia sonora”, com Dani Nega |
14h às 16h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 22/12, domingo - “Dança Afro: Raízes do Movimento”, com
Fernanda Dias | 10h às 12h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 05/01, domingo - “Eu, o Outro, o Espaço e a Comunidade:
práticas teatrais para a infância”, com Graciana Valladares | 14h às 16h |
Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 12/01, domingo - “O Encanto das Ervas”, com Mãe Márcia Marçal |
10h às 12h | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 19/01, domingo - “Artesanato: Ancestralidade pelas mãos”, com
Andreia da Silva Luiz | 10h às 11h30 | Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
MÚSICA
Dia 6/12, sexta-feira - Atração musical com Maíra Freitas (voz e piano) | 19h às 20h |
Livre | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 7/12, sábado - Discotecagem com Dani Nega | 17h às 18h | 12
anos | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 14/12, sábado - Discotecagem com Dani Nega | 17h às 18h | 12
anos | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 21/12, sábado - Discotecagem com Evelyn Cristina | 19h às 20h |
12 anos | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 04/01, sábado - Discotecagem com Evelyn Cristina | 19h às 20h |
12 anos | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 08/01, quarta-feira - Atração musical com Maryzélia Conceição
(voz, violão e percussão) | 19h às 20h | 12 anos | Teatro | 120 lugares
Dia 17/01, sexta-feira - Atração musical com Fabiana Cozza (voz e
cavaco) | 20h às 20h30 | 12 anos | Teatro | 120 lugares
Dia 18/01, sábado - Discotecagem com Evelyn Cristina | 19h às 20h |
12 anos | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 19/01, domingo - Cortejo da Escola de samba Mocidade Unida da
Mooca | 16h às 17h | Livre | Trajeto Praça do Patriarca até Rua da Quitanda,
70
Dia 22/01, quarta-feira - Atração musical com Marina Iris (voz e
violão) | 19h às 20h | 12 anos | Teatro | 120 lugares
Dia 25/01, sábado - Discotecagem com Evelyn Cristina | 19h às 20h |
12 anos | 1º andar Anexo | 70 lugares
Dia 05/02, quarta-feira - Atração musical com Fabíola Machado | 19h
às 20h | 12 anos | Teatro | 120 lugares
Ficha técnica
Mãe de Santo: Argumento: Helena Theodoro | Texto: Renata Mizrahi | Direção: Luiz
Antonio Pilar | Elenco: Vilma Melo| Direção Musical: Wladimir Pinheiro |
Direção de Produção: Bruno Mariozz | Iluminação: Anderson Ratto | Figurino e
cenário: Clívia Cohen | Instalação de turbantes: Renata Mota | Programação
Visual: Patricia Clarkson |Design Gráfico: Rafael Prevot | Idealização: Bruno
Mariozz e Vilma Melo | Produção: Palavra Z Produções Culturais
Mãe Baiana: Argumento: Helena Theodoro | Texto: Thaís
Pontes e Renata Andrade | Direção: Luiz Antonio Pilar | Elenco: Dja Marthins e
Luiza Loroza| Direção Musical: Wladimir Pinheiro | Direção de Produção: Bruno
Mariozz |Diretora Assistente: Lorena Lima | Iluminação: Anderson Ratto |
Figurino e elementos cenográficos: Clívia Cohen | Cenário: Renata Mota e Igor
Liberato | Programação Visual: Patricia Clarkson |Design Gráfico: Rafael Prevot
| Idealização: Bruno Mariozz e Vilma Melo | Produção: Palavra Z Produções
Culturais
Mãe Preta: Argumento: Helena Theodoro | Texto: Valesca Lins | Direção: Lucelia Sergio | Elenco: Dja Marthins, Luiza Loroza e Vilma | Direção de Produção: Bruno Mariozz | Iluminação: Anderson Ratto | Programação Visual: Patricia Clarkson |Design Gráfico: Rafael Prevot | Idealização: Bruno Mariozz e Vilma Melo | Produção: Palavra Z Produções Culturais
Biografias
Helena Theodoro: Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), graduada em Pedagogia pela
Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj),
mestra em Educação pela UFRJ e doutora em Filosofia pela Universidade Gama
Filho. Em 2019, terminou o pós-doutorado no IFCS/UFRJ/PPGHC (Programa de
Pós-Graduação em História Comparada). Foi presidente do Conselho Deliberativo
do FUNDO ELAS e coordenadora do Comitê Pró-equidade de Gênero, Raça e Etnia da
Casa da Moeda do Brasil até junho de 2016. Atuou como professora auxiliar da
Universidade Estácio de Sá, tendo sido coordenadora da Pós-graduação de
Figurino e Carnaval da Universidade Veiga de Almeida (UVA), de 2010 a 2015.
Participou da comissão julgadora nas edições de 2011, 2012 e 2013 do Prêmio
Nacional Jornalista Abdias Nascimento, produzido pelo Sindicato dos Jornalistas
Profissionais do Município do Rio de Janeiro/Cojira-Rio. Foi vice-presidente do
Conselho Estadual dos Direitos do Negro – CEDINE. Exerceu a vice-presidência do
Fundo ELAS, de 2008 a 2015, tendo sido jurada do Estandarte de Ouro do jornal O
Globo durante 27 anos. Coordenou o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da
FAETEC de 2008 a 2013. Escreveu os livros “Mito e Espiritualidade: Mulheres
Negras” (1996), “Os Ibéjis e o Carnaval” (2009), “Caderno de Cultura
Afro-brasileira” (2009), “Iansã, rainha dos ventos e tempestades” (2010) e
“Martinho da Vila - Reflexos no Espelho” (2018).
Luiz Antonio Pillar: Diretor de teatro, televisão e cinema. Formado
bacharel em Artes Cênicas, especialização de direção teatral pela UniRio, em
1990. Com grande experiência em televisão, dirigindo as novelas “Desejo
proibido”, “Sinhá Moça”, “Apadroeira” na TV Globo; “Xica da Silva”, “Brida”,
“Mandacaru” e “Tocaia Grande”, na extinta TV Manchete. No cinema, dirigiu “Lima
Barreto, ao terceiro dia”, o documentário “Candeia” e o curta-metragem “A mãe e
o filho da mãe". Venceu o 13o Festival de Curtas do Rio de Janeiro e, como
prêmio, representou o Brasil no Festival de Cinema de Angérs, na França. Em
parceria com a produtora Lapilar, o Canal Futura e a TV Globo, desenvolve o projeto
“A cor da cultura” (conjunto de programas voltados para temática negra, em
cumprimento a determinação da Lei 10.639). Em 1993, fundou sua produtora,
realizando projetos de sucesso de temática afro-brasileira como o espetáculo
teatral “Os negros”, de Jean Genet. Em 2023 fez parte da direção da novela
“Todas as Flores”, da TV Globo, que ganhou o prêmio ROSE D’OR LATINOS, como
melhor telenovela. Atualmente está indicado no Prêmio Shell de Teatro pela
direção do musical “Leci Brandão – Na Palma da Mão”.
Lucelia Sergio: Atriz,
diretora, dramaturga, crítica de arte e co-fundadora da Cia de teatro “Os
Crespos”. É formada pela Escola de Arte Dramática /EAD/ECA/USP no ano de 2010.
Escreve e compõe o grupo curatorial da revista de Teatro Negro Legítima Defesa.
No audiovisual recebeu o prêmio de melhor atriz no 8º Cine CurtasLapa no Rio de
Janeiro, em 2023 pelo filme Única Saída, direção Sergio Malheiros. No teatro
atuou em Navalha na Carne Negra, Direção José Fernando Peixoto Azevedo (2018) –
indicada ao APCA de Melhor atriz; Também trabalhou com diretores como Frank
Castorf (Alemanha), Paulo Faria, Dagoberto Feliz e Ariela Goldman. Com Cia Os
Crespos dirigiu os espetáculos: Os Coloridos (2015), Engravidei, Pari Cavalos e
Aprendi a Voar Sem Asas (2013) e Cartas à Madame Satã ou Me Desespero Sem
Notícias Suas (2014); dirigiu ainda o espetáculo Favela (2014). É
diretora do filme Dois Garotos que se afastaram demais do sol, ao lado de
Cibele Appes. Ganhador do prêmio de Melhor Curta metragem (juri popular) no 29o
festival Mix Brasil. Atualmente é atriz no espetáculo “De Mãos Dadas Com Minha
Irmã” (2023) da Cia Os Crespos, com direção de Aysha nascimento, no qual também
assina a dramaturgia e a direção visual.
Vilma Melo: Atriz e professora de
artes cênicas, formada em bacharelado e licenciatura plena pela UNIRIO, desde
1991. Ao longo dos anos de carreira esteve presente em grandes espetáculos e
produções audiovisuais. No teatro, ganhou o Prêmio Shell de Melhor Atriz por
"Chica da Silva", em 2017 – primeira mulher negra a conquistar a
categoria de melhor atriz no Prêmio Shell; o Prêmio Cenym de Melhor Atriz
Coadjuvante em "A Vida de Billie Holliday"; Prêmio Aplauso Brasil de
Melhor Elenco em "Fulaninha e Dona Coisa"; e Prêmio de Melhor Atriz
Coadjuvante do Festival de Teatro de Campos por "O Romance do Pavão
Misterioso". No cinema, fez os longas "Três verões", de Sandra
Kogut e Regina Casé; "Campo Grande", de Sandra Kogut;
"Selvagem", de Diego da Costa e "Reação em cadeia", de
Márcio Garcia. Na TV, fez a série "Segunda chamada", da TV Globo; a
quarta temporada de "PSI", da HBO; "Baile de máscaras", do
Canal Brasil; e "Cinema de enredo", do Prime in Box. Atualmente é
protagonista da série da TV Globo “Encantado’s” junto do ator Luiz Miranda.
Dja Marthins: Baiana
da cidade de Salvador, Djacira da Silva Martins é fascinada em aprender. É
veterana nos palcos cariocas, começou sua carreira com Ernesto Piccolo e
Rogério Blat. Alguns de seus trabalhos mais recentes: curtas “Interiores”
(2022), “Viventes” (2022) e “Você” (2022); no teatro, “Favela” e “Favela 2” e
“A gente não desiste” (desde 2011); na TV, novelas “Cara e Coragem” (2022) e
“Fuzuê” (2023); séries, “Justiça 2” (2022), “Capoeira” (2023) e “Dona Beja”
(2023).
Luiza Loroza: Luiza Loroza é atriz e diretora. Formada pela Escola
de Atores Wolf Maya e aluna do curso de Artes Cênicas (UNIRIO). Dirigiu “Erê”
(onde também assina a adaptação de dramaturgia), “O Pequeno Herói Preto” e
“Yabá - Mulheres negras”. Assina a direção de movimento e adaptação de
dramaturgia do espetáculo “Leci Brandão - Na palma da mão”. Destaque para os
trabalhos como atriz com o espetáculo “Jacksons do Pandeiro - O musical”, com a
direção de Duda Maia; “Museu Nacional”, com direção de Vinicius Calderoni -
onde Luiza além de atuar escreveu uma das cenas da peça, a cena “museu do
futuro”, “Tempestade”, com direção de Aluísio Abranches, e como Cristal, na
novela “Vai na fé”, da Rede Globo. Foi diretora assistente de Duda Maia em
“Zaquim”,“Manoel” e na remontagem de “Auê”. E assistente de direção de Isaac Bernat
em “O Encontro - Martim Luther King e Malcolm X”. Foi indicada para o Prêmio
APTR na categoria Jovens Talentos. Em 2022 foi indicada pela direção de “O
pequeno herói preto” ao prêmio CBTIJ.
Palavra Z Produções Culturais: Fundada
em 2011, a Palavra Z Produções Culturais atua principalmente nas artes cênicas,
como na música e no carnaval carioca. Com mais de 30 espetáculos no currículo,
seus últimos tiveram como parceiros Banco do Brasil, Oi Futuro, Eletrobrás,
Porto Seguro e Vale. Entre os mais recentes estão "Leci Brandão - Na Palma
da Mão" (2023), idealizado e dirigido por Luiz Antonio Pilar, com três
indicações no Prêmio Shell; “Órfãos” (2022), adaptação de sucesso da Broadway
dirigido por Fernando Philbert; e "Mãe de Santo", monólogo por Vilma
Melo com indicações nos principais prêmios. Atualmente vencedor dos prêmios
APCA e do prêmio CBTIJ de Teatro Infantil com "Vamos Comprar um
Poeta". Um dos pioneiros da campanha Teatro Online, lançada na pandemia,
com mais de 120 mil visualizações e mais de 50 espetáculos exibidos.
Sobre o CCBB SP
O Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, iniciou suas atividades há
mais de 20 anos e foi criado para formar novas plateias, democratizar o acesso
e contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura. A instalação e
manutenção de nosso espaço em um prédio, em pleno centro da capital paulista,
reflete também a preocupação com a revitalização da área, que abriga um
inestimável patrimônio histórico e arquitetônico, fundamental para a
preservação da memória da cidade. Temos como premissa ampliar a conexão dos
brasileiros com a cultura, em suas diferentes formas. Essa conexão se
estabelece mais genuinamente quando há desejo de conhecer, compreender,
pertencer, interagir e compartilhar. Temos consciência de que o apoio à cultura
contribui para consolidar sua relevância para a sociedade e seu poder de
transformação das pessoas. Acreditamos que a arte dialoga com a
sustentabilidade, uma vez que toca o indivíduo e impacta o coletivo, olha para
o passado e faz pensar o futuro. Com uma programação regular e acessível a
todos os públicos, que contempla as mais diversas manifestações artísticas e um
prédio, que por si só, já é uma viagem na história e arquitetura, o CCBB SP é
uma referência cultural para os paulistanos e turistas da maior cidade do Brasil.
Serviço
Trilogia Matriarcas
Local: Teatro CCBB SP e Anexo| Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Teatro | Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Anexo | Rua da Quitanda, 80 – Centro Histórico - SP
Entrada gratuita
Ingressos: Retirada de ingressos em bb.com.br/cultura e
na bilheteria do CCBB
Duração conforme o evento
Classificação de acordo com o evento
Capacidade de acordo com o evento
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com
mobilidade reduzida. Entrada acessível CCBB SP: Pessoas com deficiência
ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem
utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Informações CCBB SP:
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às
terças
Telefone: (11) 4297-0600
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da
Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na
bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao
estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto
de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do
Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero
Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela
Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
bb.com.br/cultura
instagram.com/ccbbsp | facebook.com/ccbbsp | tiktok.com/@ccbbcultura
E-mail: ccbbsp@bb.com.br
Nas redes sociais
instagram.com/trilogiamatriarcas
Créditos:
Ghabriella Costermani | Si Comunicação
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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