Clara Nunes, Mãe Bernadete e Intolerância Religiosa marcam reestreia do "Terreiro dos Aflitos" *
Foto meramente ilustrativa. |
Peça que clama por respeito às crenças afro-brasileira fica em
cartaz pelos próximos dois finais de semana no histórico Teatro de Arena
Eugênio Kusnet
Que o Brasil é um país miscigenado, não resta
dúvidas. Que essa miscigenação influenciou a raça brasileira, costumes,
culinária e a religião, ninguém pode e é impossível negar.
Existem, sim, aqueles que querem negar, violentar e participar
do coro de discriminação contra as religiões de matriz africana.
Na linha de frente, alguns militantes se destacaram
em protestar. No passado, Clara Nunes, cantora consagrada da nossa música,
elevou seu “Canto das Três Raças” para nos lembrar das nossas raízes africanas
e indígenas, legado que ecoa até hoje.
No “Terreiro dos Aflitos”, espetáculo que reestreia no próximo sábado,
dia 7 de dezembro, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, o canto de Clara e o de
dor dos escravizados se fazem presentes.
Os indígenas nos deixaram a resistência. Os africanos trouxeram
a única coisa que poderiam de suas terras: a fé.
Fé e resistência são as duas colunas
principais do ”Terreiro dos Aflitos”
Na cidade litorânea de Aracati, no estado do Ceará, Mãe Anaya recebeu de herança o Terreiro dos Aflitos, local onde os escravos eram sacrificados e agora funciona como um espaço religioso de Umbanda.
Jesus dos Santos, um poderoso empresário da mesma cidade, decide
expandir seus negócios, construindo um mercado.
Para isso, precisa do terreno do Terreiro, mas Mãe Anaya se
recusa a sair, por considerar o local sagrado.
Jesus dos Santos tenta conseguir o apoio de Padre Francisco, sem
sucesso, e a situação se complica quando Zola, filho adotivo de Mãe Anaya, é
assassinado.
O texto também é inspirado no assassinato de Mãe Bernadete,
líder quilombola baleada na Bahia por defender seu espaço
ancestral, e cujo filho foi morto pelo mesmo motivo.
O trabalho se propõe a discutir a intolerância
religiosa, que atinge principalmente as religiões de
matriz africana, e traz cantos próprios dessas religiões executados ao vivo.
Texto: Silvio Tadeu / Ju Camata
Direção: Silvio Tadeu / Ju
Camata
Com: Companhia Ágata de Artes
Elenco: Ju Camata,
Silvio Tadeu, Henrique Possetti, Ronaldo de Lima, Gigi Santos, Eduardo Silva,
Onil Mello Júnior, Jefferson San’ Anna, Juliana Cruz, Angela Mendes, Lucimeire
Petronilho e Clayse Soul.
Participação especial do Ogã Mauro Mendes
TEATRO DE ARENA EUGENIO KUSNET
Rua Doutor Teodoro Baima, 94 - Vila Buarque
De 07, 08, 14 e 15 de Dezembro
SÁBADOS 20 HORAS
DOMINGOS 19 HORAS
Ingressos: R$ 50,00 - Compre Aqui
Gênero: Drama
Duração: 75 min
Classificação: Livre
Créditos:
Silvio Tadeu | Impressões Comunicações
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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