Alunos da rede pública de Santana do Parnaíba promovem exposição de esculturas de robótica *
Foto meramente ilustrativa. |
Crianças e jovens da ETEC Professora Ermelinda Giannini Teixeira vão apresentar seus trabalhos finais no dia 05 de dezembro
São
Paulo, 03 de dezembro - O Instituto Burburinho Cultural, referência em
produção cultural e gestão criativa, conclui neste mês de dezembro a primeira
edição do projeto Engenhoka, iniciativa que levou o ensino de robótica cultural
e arte a alunos de escolas públicas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Foram
mais de 400 estudantes mobilizados durante os quatro meses de projeto em seis
instituições de ensino. Neste primeiro ciclo pioneiro, as escolas herdam um
estúdio maker. Na ETEC Professora Ermelinda Giannini Teixeira, em Santana do Parnaíba,
os estudantes vão apresentar seus trabalhos finais na próxima quinta-feira, 05
de dezembro.
Idealizado pelo Instituto Burburinho Cultural,
o Engenhoka conta
com patrocínio da Fundação Siemens, Google Brasil, Digix, Simpress, Wilson Sons
e Petronas. O projeto pedagógico foi desenvolvido pela PiCode a partir de um
mapeamento da História da Arte feito pela curadora Fabiana Moraes, professora
brasileira que é radicada na França há 20 anos.
Para Priscila Seixas, presidente do Instituto
Burburinho Cultural, o Engenhoka amplia as fronteiras do que o
Instituto Burburinho Cultural vem realizando através de várias iniciativas,
implantadas no contraturno das aulas, na rede pública em todo o Brasil. “A
inclusão da robótica educacional e da História da Arte formam um instrumento
poderoso por permitir o desenvolvimento de habilidades essenciais para o mundo
atual. A robótica, por exemplo, vai muito além do uso de máquinas; ela ensina
pensamento crítico, trabalho em equipe e resolução de problemas de forma prática,
habilidades indispensáveis tanto para o mercado de trabalho quanto para a
vida”, destaca.
Diretor de projetos do Instituto Burburinho
Cultural, Thiago Ramires organizou a estrutura e a equipe multidisciplinar,
dentro e fora do Brasil, para dar forma ao Engenhoka. “Diante
dos resultados, que acompanhamos de forma contínua, os alunos foram estimulados
pelas disciplinas que dão base ao projeto, como ciências, artes e matemática.
Torna-se evidente que tudo convergiu, também, para tornar a presença na escola
pública mais estimulante”, pontua Ramires.
A curadora Fabiana Moraes, que vive e trabalha na França há 20 anos, destaca: “Reunimos uma lista com conceitos-chave e exemplos que viessem a enriquecer vocabulário dos professores e a imaginação dos alunos. Num primeiro momento, esperamos informar, formar, transmitir conhecimento, a partir de um olhar crítico, entendendo cada aluno como sujeito, repleto de singularidades”.
Método
O método, descrito num kit para cada aluno, partiu
da premissa de apresentar artistas desde o século XV como Leonardo da Vinci,
passando por Alexander Calder, Marcel Duchamp até Lygia Clark, Abraham Palatnik
e Vik Muniz, sempre seguindo o método de apresentar um momento da História da
Arte, sugerindo exercícios e em sequência a materialização de um objeto. Cinco
módulos compõem o Engenhoka que será realizado em 2025 em
colégios e escolas de outros estados do Brasil.
A iniciação aborda um processo experimental com
todos os temas envolvidos no projeto. No segundo módulo, dá-se a prática de
realizar o Pássaro Autômato, em que obras de artistas servem de referência para
reflexão dos alunos sobe construção e movimento. Por exemplo, Calder e seus
Móbiles, aludindo a questões de mecânica e movimento (relacionado à arte
cinética). Na sequência, uma luminária criativa ganha forma, partindo da
premissa de conhecer a arte e aplicar num trabalho. O penúltimo módulo trata do
planejamento de uma escultura usando eletrônica, movimentos, interações com
programação e automação para, finalmente, planejar um trabalho em grupo em
consonância com o conteúdo apresentado. O resultado é uma escultura 3D feita em
grupo.
De acordo com os representantes da PiCode, o grande
diferencial do Engenhoka é estabelecer uma rotina em que os alunos recebem
contextualização da História da Arte, passam por aquisição de repertório e
colocam em prática através de projeto real. A lógica é conhecer elementos da
arte, elementos mecânicos e eletrônicos. Por fim, essa lógica integra uma
trilha evolutiva.
Referência em projetos de impacto sociocultural
unindo educação e tecnologia, o Instituto Burburinho Cultural
(@burburinho_cultural) planeja multiplicar em 2025 o Engenhoka (@projetoengenhoka)
instituições da rede pública de ensino. Cada escola envolvida em 2024 recebeu o
estúdio maker completo impressoras 3D, tablets, mobiliário, boxes de livros e
material pedagógico.
No primeiro ano do Engenhoka as
seguintes instituições públicas de ensino passaram pela formação: Rio de
Janeiro: Colégio Estadual Souza Aguiar, no Centro da capital, Colégio Estadual
Zuleika Raposo Valladares, em Niterói; no estado de São Paulo: E.T.E.C. Profª
Ermelinda Giannini Teixeira, em Santana de Parnaíba, E. E. Alessandra Cristina
Rodrigues de O Pezzato Profª, em Jundiaí, E.M. Dr. Gladston Jafet, no Guarujá,
e EMEF Jayro Ramos, em Pirituba. Ao longo do percurso formativo, três fases
estruturam a transmissão de conhecimento.
Projeto aprovado na Lei de Incentivo à Cultura,
o Engenhoka conta
com patrocínio da Fundação Siemens, Simpress, Digix, Wilson Sons, Petronas e Google,
e é realizado pela Burburinho Cultural e Ministério da Cultura, Governo Federal
- União e Reconstrução.
Programação
dos eventos nas instituições de ensino público em dezembro
03/12 – Guarujá
05/12 – Santana de Parnaíba
10/12 – Pirituba
11/12 – Guarujá
16/12 – Niterói
16/12 – Rio de Janeiro
Créditos: Virgílio Amaral | Agência Blue Chip
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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