Orquestra Ouro Preto estreia inusitada versão infantojuvenil de "A Metamorfose", de Kakfa *
Foto meramente ilustrativa. |
Formação mineira leva ao palco do Sesc Palladium adaptação inovadora do clássico da literatura mundial. Com música original de John Ulhoa e Richard Neves, da banda Pato Fu, o clássico literário ganha nova roupagem em única apresentação no dia 30 de novembro e também poderá ser visto pelo YouTube
A Orquestra Ouro Preto se prepara para mais uma
estreia ousada: uma adaptação de "A Metamorfose", a icônica obra de
Franz Kafka, que ganha uma versão especial para o público infanto-juvenil. Sob
a regência do maestro Rodrigo Toffolo, o espetáculo conta com música original
de John Ulhoa e Richard Neves, da banda Pato Fu, transformando este clássico
literário em uma cantata cênica que promete surpreender o público. Com
patrocínio do Instituto Cultural Vale, a montagem terá única apresentação no
dia 30 de novembro, às 20h, no Sesc Palladium.
O concerto terá a participação especial de 42
crianças e adolescentes das cidades de Brumadinho (MG), Serra (ES), Corumbá
(MS) e Belém (PA), celebrando a integração de todos os polos de ação do projeto
Vale Música espalhados pelo país. Os ingressos já estão á venda e, para ecoar
essa grande celebração da arte para todos os cantos do país, o espetáculo
também será transmitido pelo canal da Orquestra no YouTube.
“É sempre especial ter as crianças no palco conosco.
É uma energia que nos renova e nos faz seguir em frente ousando, inventando,
surpreendendo. É muito bacana pensar que agora, nesses dias que antecedem a
estreia, essas crianças e adolescentes estão entrando em contato com esse universo
do Kafka, perguntando para o pai, para a mãe, pesquisando na internet. É
fascinante proporcionar isso”, celebra o maestro Rodrigo Toffolo.
Segundo o regente, o coro de mais de 40 jovens e
crianças ganha papel de destaque no desenvolvimento do concerto, que irão
cantar, interpretar e reagir à trama ao lado de um grande elenco. “O coro
é uma espécie de personagem também, que se reveza ora em Gregor ora em
espectador nessa adaptação. E esse coro faz a transformação, percebe e reage às
mudanças, vê que acontece dentro e fora do quarto. O público vai se
surpreender”, garante Toffolo.
Desde sua publicação em 1915, "A
Metamorfose" cativa e desafia leitores e estudiosos com sua trama, que
retrata a transformação do caixeiro viajante Gregor Samsa em uma monstruosa
barata. Com seu universo cheio de estranhamento e experimentalismo, o livro
ganha, na versão da Orquestra, forma e conteúdo que mantêm o eixo, as questões
e os personagens da narrativa de uma forma a dialogar com a linguagem das
crianças e adolescentes.
“No processo de adaptação, era importante conseguir
uma linguagem que pudesse trazer para o universo quem vai estar assistindo,
participando e cantando um pouco deste universo. Uma questão que está muito
presente e que nos deu o recorte para contar essa história são as relações
internas e familiares. Muitas dessas crianças e jovens adolescentes que irão
nos assistir começam a passar por uma série de transformações nessa fase, com a
mudança de idade, e isso muda a forma de relacionar com o mundo também. Toda
essa relação entre os personagens está muito bem contada e contextualizada em
um texto leve por um lado, mas que não abre mão de várias camadas de
profundidade”, relata o maestro Rodrigo Toffolo, que assina a adaptação do
texto.
“A Metamorfose” marca mais um passo da Orquestra em
seu compromisso de encantar o público jovem. Em 2018, o grupo emocionou as
plateias com a estreia de "O Pequeno Príncipe", inspirado na obra de
Antoine de Saint-Exupéry, e em 2021 trouxe à vida "Fernão Capelo
Gaivota", baseado no clássico de Richard Bach. Ambas as produções, com
música original de Tim Rescala, demonstraram a dedicação do grupo em criar
experiências culturais ricas e acessíveis a todas as idades.
Para essa empreitada, a formação mineira conta com a
música originalmente criada por John Ulhoa e Richard Neves, integrantes da
banda Pato Fu que, além de já serem parceiros da Orquestra, também acumulam
vasta experiência nesse diálogo entre o público adulto e o infantil.
“Quando penso no público infantil, vejo ao mesmo
tempo uma expansão de possibilidades e um limite do que pode ser dito. É
contraditório, mas inspirador. Acho que o caminho é produzir coisas que sejam
interessantes em primeiro lugar para mim mesmo, para o Richard, para o maestro,
para a Orquestra. Oferecer às crianças algo que vai um pouco além do que seria
o esperado num espetáculo infantil”, afirma John.
Richard Neves conta que recebeu o convite para o
projeto com espanto, pensando principalmente no estilo da escrita kafkiana. E
foi o humor a chave escolhida para dialogar com os pequenos sem subestimar a
presença dos adultos. “O desafio foi entender onde poderíamos ser mais ácidos,
sem assustar as crianças, sem banalizar a sabedoria infantil, mas também
sensibilizando e captando os adultos. Acredito que chegamos num lugar
interessante e inusitado”, afirma. “Acredito que o público pode esperar um
espetáculo sensível, com uma linguagem universal. Somando algumas áreas das
artes no palco. Um espetáculo agridoce muito divertido”, completa o músico.
Para eles, o texto original foi a grande inspiração
para entrar no universo as composições que contemplam as mais variadas
referências. “É uma obra que já faz parte da cultura pop, onde nossa música se
insere. Tentamos trazer elementos de cinema, de teatro, mas não chegar
exatamente a um musical. São canções de diversos estilos, mas que não
exatamente dão as falas dos personagens, e sim passeiam pelo tema de cada
cena”, explica John Ulhoa.
Com "A Metamorfose", a Orquestra reafirma sua missão de inovar e revitalizar a cena cultural, prometendo uma interpretação que encantará tanto os admiradores de Kafka quanto um novo público, de todas as idades, em uma experiência única que une música, teatro e a força de uma obra atemporal.
SOBRE
O VALE MÚSICA
Desde os anos 2000, a Vale cria oportunidades para
estudantes participarem de formações musicais e desenvolverem seus talentos,
nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul. Em
2019, foi criada uma rede colaborativa de ensino e aprendizagem entre os
projetos musicais dos quatro estados e orquestras parceiras, que recebeu o nome
de programa Vale Música.
O Vale Música, que integra o eixo de programas autorais do Instituto Cultural Vale, contempla intercâmbios entre estudantes e professores dos polos de formação do programa, aulas com músicos das orquestras profissionais patrocinadas pela Vale e residências artísticas.
SERVIÇO
Orquestra
Ouro Preto estreia “A Metamorfose”
Data: 30
de novembro de 2024
Horário: 20
horas
Local: Grande
Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro)
Ingressos: R$30
e R$15, no Sympla e na bilheteria do teatro
Informações: www.orquestraouropreto.com.br
Créditos: Fábio Gomides | A Dupla Informação
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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