Museu da Língua Portuguesa promove debate sobre línguas bantu com a Rainha do Congo na semana da Consciência Negra *
Edifício do Museu da Língua Brasileira. Créditos: divulgação |
Programação inclui também atividades literárias, visitas mediadas e ações com o Núcleo Educativo para destacar as contribuições africanas em nossa cultura
O Museu da Língua Portuguesa prepara uma programação
especial para celebrar as contribuições africanas ao português falado no
Brasil. Na Semana da Consciência Negra, haverá debate sobre as línguas bantu,
com a presença da Rainha Diambi Kabatusuila, da República
Democrática do Congo, e atividades literárias que têm o objetivo de chamar a
atenção para as diversas facetas das heranças afro-brasileiras em nossa
cultura. Localizado no histórico prédio da Estação da Luz, o Museu é uma
instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado
de São Paulo.
O destaque fica por conta do debate Diálogos da Diáspora, no
dia 21 de novembro (quinta-feira). O encontro reunirá a Rainha Diambi
Kabatusuila, o músico e filósofo Tiganá Santana (curador da exposição Línguas
africanas que fazem o Brasil, em cartaz), e Taata Katuvanjesi,
autoridade tradicional do Inzo Tumbansi, Terreiro de Candomblé Congo-Angola, de
Itapecerica da Serra. Os três vão falar sobre a presença das línguas bantu no
português falado do Brasil e as características da diáspora africana. Gratuito,
o evento terá início às 19h, no Auditório do Museu da Língua Portuguesa. Os
ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência.
No dia 23 de novembro (sábado) acontece a última edição do ano do Papo
Literário: narrativas negras em língua portuguesa, que, ao longo de
2024, debateu livros de autores e autoras de Brasil e Angola. A obra do último
encontro do clube de leitura do Museu é Solitária, de Eliana Alves
Cruz, que aborda questões contemporâneas das relações de trabalho doméstico no
Brasil. A mediação será de Camilla Dias, curadora da atividade neste ano. Com
tradução em Libras, sorteio de livros e entrada gratuita, acontece das 14h30 às
16h30 no Pátio B.
Às 11h, o Núcleo Educativo promove a visita Presenças negras
na construção da cidade de São Paulo, convidando o público a passar por
diferentes espaços do histórico prédio da Estação da Luz. A ideia é identificar
a colaboração de profissionais negros no desenvolvimento da capital paulista,
em especial do bairro da Luz. Os grupos para este passeio são formados 15
minutos antes de seu início, no Pátio A, perto da bilheteria.
Das 12h às 14h, no Saguão Central da Estação da Luz, o Sarau
Africanizar terá, entre as atrações, os grupos Afoxé Omodé Oba e Nganga Kabula.
Com curadoria do Samba D’Ketu, a ação dialoga com a exposição temporária Línguas
africanas que fazem o Brasil ao dar espaço para a cultura
afro-brasileira.
No dia 24 de novembro (domingo), a ação Domingo no Museu recebe
a intervenção artística do Maracatu Ilê Aláfia,
que vai mostrar as linguagens da festa dos reis do Congo, que promete agradar
as crianças e as suas famílias, a partir das 11h. Durante a performance, o
público é convidado a vivenciar os personagens desta manifestação artística
cultural de matriz africana com acessórios como saias, cetros, coroas, leques e
turbantes.
Para isso, utiliza obras de artistas contemporâneos, como Aline Motta,
J.Cunha, Rebeca Carapiá e Goya Lopes, que ajudam a ilustrar tais heranças. Há
também experiências interativas, nas quais o público é surpreendido ao dizer,
em voz alta, termos como exu, acarajé e afoxé.
Um espaço com vídeos exibe histórias sobre o cupópia, língua do Quilombo
do Cafundó, e o trabalho do linguista norte-americano Lorenzo Dow Turner. Ele,
nos anos 1940, registrou uma série de manifestações religiosas, artísticas e
sociais na Bahia.
O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura,
Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e
implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura,
Educação e Esporte é a Organização Social de Cultura responsável pela sua
gestão.
A exposição temporária Línguas africanas que fazem o Brasil conta com o
patrocínio máster da Petrobras; patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto
CCR, do Instituto Cultural Vale e John Deere Brasil, e com apoio do Itaú
Unibanco, do Grupo Ultra, por meio do Instituto Ultra, e da CAIXA – todos por
meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
Créditos: Alan de Faria | IDBR
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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