Museu Catavento comemora 100 anos do Palácio das Indústrias com exposição interativa *
Palácio das Indústrias, sede do Museu Catavento. Crédito: Joca Duarte
Exposição terá imagens históricas, maquetes e projeções do prédio inaugurado em 1924, que já foi sede da Assembleia Legislativa e da Prefeitura Municipal de São Paulo e hoje abriga o Museu Catavento; game adaptado por aprendizes das Fábricas de Cultura Setor A trará experiência imersiva do Palácio
São Paulo, 12 de novembro de 2024 – Em comemoração ao centenário do Palácio das Indústrias, o Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura, no próximo dia 14 de novembro, a exposição 100 Anos - Palácio das Indústrias, uma homenagem a um dos mais emblemáticos edifícios de São Paulo. Localizado no coração da cidade, o Palácio não apenas representa um marco arquitetônico, mas também é testemunha de um período de transformação econômica e social que moldou a identidade paulista. Nascido com propósito de ser um local de exposições, ao longo do século, o Palácio também serviu como sede da Assembleia Legislativa, Polícia Civil e Prefeitura de São Paulo.
A exposição 100 Anos - Palácio das Indústrias ocupa 450 metros quadrados do prédio, mas também se distribui em diversos pontos na área externa do museu e trará o contexto histórico da capital desde sua fundação, em 1554, até os dias atuais. Entre os destaques da exposição, logo na entrada, estão três maquetes da região do Palácio das Indústrias com projeções audiovisuais que irão proporcionar uma interessante imersão do visitante a períodos históricos de São Paulo, descrevendo o crescimento urbano e sua relação com o edifício ao longo dos anos. A primeira maquete revisita as origens da São Paulo de Piratininga, trazendo as colinas históricas entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú. As projeções animadas vão apresentar as cheias e a estiagem do Tamanduateí, as rotas indígenas e o bandeirismo de então. Para demonstrar os movimentos do rio, por exemplo, a projeção sobre a maquete irá "enchê-lo" de água para, em seguida, esvaziá-lo, acompanhada de sonorização da água e conversas de povos indígenas em tupi-guarani, reproduzindo a ambientação tal qual era à época da fundação da cidade. Ao mesmo tempo, a tela em frente trará imagens sincronizadas com o que está se passando na projeção da maquete, para que o visitante possa, como num Google Earth, se sentir localizado na várzea do Tamanduateí e ter uma visão completa do que ele vivenciaria se estivesse ali em 1554. No chão, imagens de peixes secos (piratiningas, em tupi), como era comum na época da seca. As duas maquetes seguintes serão montagens representando os períodos da urbanização da região, com a canalização do Tamanduateí em projeto do francês Joseph Bouvard e, em seguida, o plano de avenidas do Prestes Maia, que moldou a expansão urbana nos anos 20 e 30. Em frente de cada uma das maquetes há um espaço instagramável com os cenários narrados de cada período histórico, para que o público se projete dentro da cena, complementando a imersão.
"O Palácio das Indústrias representa toda a pujança da história dos últimos cem anos de nosso Estado. É um edifício que simboliza a força da indústria, do comércio, da agricultura, que são o DNA de São Paulo. É uma honra poder comemorar, como secretária estadual, este legado tão profundamente ligado às nossas origens", afirma Marilia Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
As referências à expansão econômica da São Paulo dos anos 1900 mencionadas pela secretária de Cultura estão presentes no Palácio através das esculturas que ornamentam a construção, com destaque para a obra Progresso, que representa o avanço econômico do estado à época. Patrocinada pelos donos das ferrovias que transportavam a produção das fazendas de café, ela traz a representação de carro de bois remetendo a este símbolo ancestral do transporte de produtos agrícolas. Assim como a Quimera, o Cão Vigia e as Cornucópias, esta escultura conta com reprodução física na exposição, junto com uma maquete do edifício feita em impressora 3D.
Destacam-se ainda os 28 painéis históricos espalhados por todo o museu, que ficarão expostos no local em que foram fotografados. Será uma mistura entre passado e presente, onde o público poderá ver as imagens antigas e visualizar os locais históricos hoje. Atrás de cada painel haverá um mapa com pontos enumerados onde será possível se localizar e conhecer os demais pontos mapeados. Ao final da exposição, os visitantes poderão realizar um tour por pontos icônicos do edifício, muitos deles desconhecidos pelo público, como o subsolo e a sacada, onde se localizam as principais estatuetas do edifício (outras informações sobre as visitas guiadas mais abaixo).
"Na exposição 100 Anos - Palácio das Indústrias, vamos
abordar o crescimento urbano da cidade, destacando a implantação do Palácio e
as simbologias de sua arquitetura, com maquetes físicas dos principais
ornamentos e virtuais interativas. A parte da exposição concentrada no claustro
do museu também está repleta de acervos físicos e imagens históricas que vão
conduzir os visitantes por todas as fases e usos do edifício, que foi palco de
momentos importantes da história de São Paulo, convidando o visitante a experimentar
toda a arquitetura do Palácio das Indústrias no ano de seu centenário.",
explica Ricardo Pisanelli, curador e Superintendente de Projetos do Museu
Catavento.
A exposição 100 Anos - Palácio das Indústrias tem patrocínio da Toyota e apoio institucional do SESI. Também são apoiadores da mostra: Assembleia Legislativa de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - USP; Liceu de Artes e Ofícios; Instituto Bardi; Museu da Imagem e do Som; Museu de Rádio e TV; Museu da Cidade de São Paulo; Arquivo Histórico Municipal; Arquivo Público do Estado de São Paulo; Biblioteca Nacional; Instituto Victor Brecheret; Polícia Civil/Museu da Polícia; Fundação Museu de Energia e Saneamento; Cristiane Carbone; Cristiano Mascaro e Fábricas de Cultura Setor A. A exposição conta com um grande número de documentação e objetos relacionados à história e construção do Palácio das Indústrias. “A reunião, pela primeira vez, deste amplo acervo com registros históricos essenciais relativos ao Palácio só foi possível através da parceria e das pesquisas feitas por estes importantes apoiadores da exposição, a quem nós do Catavento agradecemos”, completa Pisanelli. Integram a mostra 39 acervos físicos e 178 imagens históricas.
“Apoiar uma mostra como essa, que celebra o legado histórico de São Paulo e oferece ao público uma experiência que combina cultura, tecnologia e um olhar sobre o passado e futuro de nossa cidade, reflete a forte conexão entre história, inovação e resiliência – valores que a Toyota compartilha com o Brasil há décadas. Acreditamos que iniciativas como esta contribuem para fortalecer a identidade paulista e inspirar o futuro, explica Roberto Braun, Diretor de Comunicação, Presidente da Fundação Toyota, e porta-voz da área de ESG da Toyota do Brasil.
A exposição é dividida em quatro módulos temáticos:
· Região: Este módulo é o das maquetes da entrada, e remonta às origens da cidade de São Paulo desde sua fundação, abordando a urbanização inicial e a influência de projetos europeus na transformação da cidade.
· Arquitetura: Traz as esculturas do Palácio, explora o projeto arquitetônico do Palácio, destacando o trabalho de Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi, e os desafios enfrentados durante a construção.
· Usos: Documenta a diversidade de funções do edifício, desde as exposições agroindustriais incluindo sua passagem como sede da Assembleia Legislativa.
· Renovações: Aborda as restaurações que adaptaram o Palácio para abrigar a Prefeitura e, atualmente, o Museu Catavento, recuperando sua função original de espaço expositivo.
Gerente executiva de Cultura do SESI-SP, Débora Viana, destaca a importância da parceria com o Catavento: “O SESI-SP e o Catavento partilham da premissa de que cultura e educação são pilares essenciais para ambos. Ao unirem esforços, as instituições têm o potencial de gerar impactos significativos, alcançando uma grande variedade de públicos e ampliando as oportunidades de aprendizado e crescimento. Neste contexto, a colaboração entre o Museu Catavento e o SESI-SP representa uma aliança na promoção do acesso igualitário à educação e à cultura. É gratificante para o SESI-SP, por ser o ‘Social da Indústria’, fazer parte desse momento comemorativo que resulta nessa histórica exposição para celebrar o centenário do Palácio das Indústrias"
· Progresso: Com figuras que simbolizam a agricultura, a indústria e o comércio, esta escultura representa o avanço econômico de São Paulo, com uma figura feminina carregando uma rama de café, símbolo da prosperidade da época, com tamanho de 40 cm por 40 cm;
· Quimera: Uma escultura que celebra o estilo eclético do Palácio, combinando elementos de várias criaturas mitológicas e evidenciando a influência greco-romana na arquitetura, com tamanho de 40 cm por 20 cm;
· Cão Vigia: Esculturas de cães em posição de vigilância, que simbolizam proteção e segurança, ressaltando a função defensiva do edifício ao longo da história, com tamanho de 40cm por 40cm;
· Cornucópias: Baixos relevos que representam fertilidade e abundância, adornados com frutos típicos de São Paulo, exaltando a riqueza da agricultura local
Localizado em uma enorme área disponível devido à retificação do
Tamanduateí, o edifício começou a ser projetado em 1910 pelo arquiteto italiano
Domiziano Rossi, parceiro do Escritório de Arquitetura Ramos de Azevedo, a
principal firma de construção da época. Responsável por outros grandes
edifícios da cidade, como o Teatro Municipal, o Mercado Municipal e a
Pinacoteca do Estado (antigo Liceu de Artes e Ofícios), o escritório ficou
encarregado das obras, que duraram de 1911 a 1924.
Em sua fase de execução, o Palácio abrigou ateliês de vários escultores,
como Nicola Rollo e Victor Brecheret. Já em 1917, antes mesmo de sua
inauguração, o Palácio das Indústrias estava repleto de exposições de caráter
industrial, comercial, agropecuário e artístico, que durariam até 1947, quando
o edifício se tornou a Sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo,
na época sob o nome Palácio Nove de Julho, em homenagem à Revolução
Constitucionalista de 1932. Já em 1968, a Assembleia Legislativa passou a ser
sediada no Ibirapuera e não mais no Palácio.
A partir de 1968, portanto, o edifício recebeu diversos órgãos públicos,
como o Corpo de Bombeiros e o 1° Distrito Policial, sendo ocupado
principalmente por sedes policiais e, assim, acabou perdendo parte de suas
características arquitetônicas que eram próprias para fins expositivos.
Em 1982, ocorreu o processo oficial de tombamento do edifício, quando
foi reconhecida a necessidade de preservar “um bem, cuja história está
intimamente ligada à própria história econômica, política e cultural não só da
cidade, como também do Estado de São Paulo”, de acordo com o Conselho de Defesa
do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).
Já em 1989, surgiu o projeto para que o Palácio das Indústrias fosse a
nova sede da Prefeitura Municipal de São Paulo, sob gestão de Luíza Erundina.
Com isso, iniciou o restauro do Palácio pelas mãos da arquiteta modernista
ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, que se empenhou em preservar a tão
característica arquitetura eclética idealizada nos primórdios por Rossi.
O Palácio se manteve como sede da prefeitura até 2004, quando esta
passou a ser alocada no Edifício Matarazzo, no Vale do Anhangabaú, onde
permanece até hoje. Ficou desocupado por alguns anos, até que, em 2007, o
Governo do Estado de São Paulo o dedicou ao Museu Catavento, com administração
da Organização Social Catavento Cultural e Educacional, retomando assim a sua
finalidade original: as exposições.
Atualmente, o Palácio das Indústrias é a casa do museu, que se dispõe
entre uma área total de cerca de 12 mil metros quadrados, incluindo varandas
cobertas. Um restauro foi realizado em 2007 para que o Museu Catavento abrisse,
enfim, suas portas para o público em março de 2009, com o intuito de difundir a
ciência em todas as suas formas de maneira interativa para todas as idades.
“Aqui você aprende enquanto se diverte” e, é claro, explora as quatro grandes
seções do museu: Universo, Vida, Engenho e Sociedade.
Após um longo percurso histórico desde sua concepção até os dias atuais, o Palácio das Indústrias segue sendo cuidado, tanto em aspectos propriamente estruturais – vide sua última restauração em 2017, a fim de preservar sua imponente fachada principal, e a instalação de um projeto luminotécnico em 2022 – quanto em relação à sua memória histórica, que é intrinsecamente ligada à capital paulista e resgata traços de uma saudosa São Paulo.
De uma forma geral, todas elas podem ser realizadas por qualquer um, com
uma dinâmica dividida entre os dias de semana e os finais de semana: durante a
semana, as visitas e oficinas são direcionadas a grupos com agendamento prévio,
enquanto nos finais de semana, os visitantes podem participar individualmente,
retirando uma senha de participação. Tanto o agendamento de grupos quanto a
retirada de senhas individuais podem ser realizados pelo site oficial do Museu
Catavento.
A exposição 100 Anos - Palácio das Indústrias oferece as seguintes atividades:
A oficina acontecerá em duas datas: uma em 2024 e outra em 2025 (datas
ainda sendo definidas)
-Local: Museu Catavento (será mês de dezembro, data ainda sendo
definida)
Sobre o Museu Catavento - O Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, administrado pela Organização Social Catavento Cultural e Educacional, é o museu de ciências mais visitado da capital paulista. Desde sua inauguração em 2009, destaca-se por combinar conhecimento e diversão, oferecendo mais de 200 instalações interativas que exploram temas científicos de maneira envolvente. Localizado no histórico Palácio das Indústrias, o museu é dividido em quatro grandes áreas: Universo, Vida, Engenho e Sociedade, proporcionando uma experiência educativa acessível para todas as idades. Com atendimento de mais de 7 milhões de visitantes nos últimos 15 anos, o Museu Catavento se consolidou como referência em cultura, ciência e tecnologia, cumprindo sua missão de estimular a curiosidade e o aprendizado.
Sobre as Fábricas de Cultura - Desenvolvido desde 2007 pelo Governo do Estado, com recursos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, o Programa Fábricas de Cultura foi criado para estimular o desenvolvimento integral de cidadãos por meio da valorização e ampliação de universos culturais e de situações de convivência e experimentação artística, bem como incentivar e potencializar a articulação de redes de produção e de circulação cultural. As Fábricas de Cultura oferecem à população uma diversa e intensa programação cultural, com cursos de dança, teatro, música, circo, artes visuais, multimeios e xadrez, além de sessões de cinema, shows musicais, bibliotecas com cerca de cinco mil títulos cada e estúdios de áudio e vídeo. Sete das 15 unidades das Fábricas em São Paulo são geridas pela Organização Social Catavento: as da zona Leste de São Paulo - unidades de Cidade Tiradentes; Sapopemba; Vila Curuçá; Itaim Paulista e Belém - e das cidades de São Bernardo do Campo e Santos que, até o final de 2024, terá realizado mais de 900 mil atendimentos. Os aprendizes destas Fábricas somam 20 mil jovens e crianças.
Sobre a Toyota - A Toyota do Brasil está presente no País há 66 anos. Possui três unidades produtivas, localizadas em Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz, todas no Estado de São Paulo, e emprega mais de 6 mil pessoas. A Toyota é a montadora líder em eletrificação no mundo: desde 1997 já foram comercializados mais de 20 milhões de automóveis mais limpos, sejam modelos híbridos, híbridos flex, híbridos plug-in, 100% a bateria ou movidos a hidrogênio. Com o objetivo de impulsionar a eletrificação da frota de veículos no Brasil, em 2013, a Toyota lançou o primeiro veículo híbrido em nosso país, o Toyota Prius. Em 2019 a companhia foi além, inovando mais uma vez para oferecer o único híbrido flex do mundo – fabricado com exclusividade no mercado brasileiro –, o Corolla Sedã, e, em 2021, o primeiro SUV híbrido flex do mercado, o Corolla Cross, também fabricado no País. Atualmente, já são mais de 85 mil carros eletrificados com a tecnologia híbrido flex em circulação pelo Brasil.Em 2020, lançou a KINTO, sua nova empresa de mobilidade, para oferecer serviços como aluguel de carros e gestão de frotas a uma sociedade em transformação. Também reforçou sua marca GAZOO, por meio de iniciativas que desafiam a excelência de seus veículos. Tem como missão produzir felicidade para todas as pessoas (“Happiness for All”) e, para tanto, está comprometida em desenvolver carros cada vez melhores e mais seguros, além de avançar nas soluções de mobilidade. Junto com a Fundação Toyota do Brasil, tem iniciativas que repercutem nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Outras informações: Toyota Global e Toyota do Brasil
Sobre o SESI-SP - O SESI-SP oferece atividades culturais gratuitas
em linguagens como música, artes cênicas, artes visuais, audiovisual e difusão
literária. Juntas, as atividades promovidas já alcançaram a marca de quase 20
milhões de pessoas beneficiadas. São 22 teatros, seis Centros Culturais, oito
espaços de exposição, três estações de cultura, 40 núcleos para a iniciação e
formação de pessoas nas áreas de música, teatro e dança, além de uma unidade
móvel que percorre todo o estado. A entidade reforça seu compromisso em
oferecer ao seu público uma programação diversa, contundente e sempre gratuita,
alinhada aos aspectos sociais e artísticos da contemporaneidade. Também tem
atuação na área de produção cultural, impulsionando a economia criativa e
contribuindo para o aperfeiçoamento artístico. Em 2024, o Teatro do SESI-SP, na
Avenida Paulista, comemora seis décadas de história, cultura e inovação. Neste
ano marcante, queremos celebrar nossa tradição de apoiar produções que
redefinem a cena teatral brasileira.
Créditos: Bia Murano | BM Comunicação
Comentários
Postar um comentário