Maricá: campeão da Copa Rio 2024
Os jogadores do Maricá comemoram o título inédito da Copa Rio 2024. Créditos: Urbano Erbiste
Apesar de não ter passado de um empate em 0 a 0 jogando em casa, no Estádio João Saldanha, o Maricá é campeão da Copa Rio 2024 em cima do Olaria, em final disputada na tarde desta quarta-feira (6). Como o Tsunami Metropolitano havia sido vitorioso no jogo de ida, a equipe comandada pelo ex-flamenguista Reinaldo ficou com a taça, inclusive, repetindo o feito da decisão do Estadual do Rio de Janeiro A2 desse ano contra o mesmo adversário. O Azulão da Bariri, apesar de derrotado, garantiu sua vaga na Copa do Brasil de 2025, enquanto os campeões jogarão o Campeonato Brasileiro da Série D do ano que vem.
A decisão
começou com os times se estudando e, mesmo com a vantagem adquirida no jogo de
ida, o Maricá trocou mais passes, fez a bola girar enquanto o Olaria tentou
incomodar o time da casa, mas sem sucesso. Mas, a primeira finalização veio aos
oito minutos e foi dos visitantes. Após boa troca de passes, Gutemberg tabelou
com Macário, que devolveu de calcanhar para o camisa 11 que, desequilibrado,
mandou para fora. Depois, aos 12, foi a vez de Rafael Lucas arriscar de fora da
área e o goleiro Dida pulou no canto e mandou para escanteio.
O Azulão da
Bariri esboçou uma pressão para cima do Tsunami Metropolitano, mas a defesa
conseguiu afastar o perigo do jeito que dava. Aos 14, Rossales chutou, sem
ângulo, rasteiro e Dida defendeu no carrinho, antes da chegada do atacante do
Olaria. No minuto seguinte, após a cobrança de escanteio da direita, o goleiro
do Maricá tirou parcialmente, a bola sobrou para Rafael Lucas, que chutou em
direção ao gol, a pelota bateu em três jogadores do Maricá e que o último
jogador tirou em cima da linha. Mais tarde, aos 17, em outra investida do time
da Bariri, Gutemberg recebeu na entrada da área, dominou e rolou para Sidney
soltar a bomba, forte, rasteira e Dida foi buscar mais uma vez.
O Olaria
seguiu em busca do gol, ora conquistando escanteios, ora parava em Dida. A
primeia boa investida do Maricá veio aos 22 minutos. Hugo Borges deu ótimo
passe em profundidade para Denílson, que avançou até a grande área e, na saída
do goleiro Guilherme, o camisa 11 rolou para Pablo Thomaz, mas Galvão travou no
momento exato e evitou um possível gol do time da casa.
A partida foi
paralisada aos 25 minutos para hidratação dos jogadores. Quando o jogo foi retomado,
a intensidade do Olaria diminuiu. Aos 29, após a cobrança de escanteio da
direita batido por Walber, Guilherme saiu do gol, a pelota sobrou para Pablo
Thomaz, que tentou um voleio, mas não pegou na bola como gostaria e ela subiu
demais e caiu nas mãos do camisa 1 do Olaria, que pegou sem perigo. Seis
minutos depois, Rossales cruzou da direita, Macário precisou fazer um movimento
"acrobático" para conseguir finalizar, mas pegou mal e mandou para
fora. Depois, aos 39, Hugo Borges cobrou falta por fora da barreira e levou
muito perigo ao gol de Guilherme.
O primeiro
tempo teve três minutos de acréscimos. No entanto, nesse período, as duas
equipes não produziram lances de perigo e o primeiro ato terminou sem gols.
Para o segundo tempo, os times voltaram com as
mesmas formações da etapa inicial. O Azulão tentou repertir o mesmo ímpeto dos
primeiros minutos do primeiro tempo, mas sem sucesso. O Tsunami Metropolitano,
por sua vez, assustou com dois escanteios fechados batidos por Hugo Borges, que
foi substituído em seguida por Clisman.
O Maricá prosseguiu levando o jogo no
"banho-maria" e o Olaria não conseguiu repetir o bom desempenho da
etapa inicial. E, mais uma vez, o jogo foi paralisado para hidratação dos
atletas aos 25 minutos.
Após vários minutos sem chutes a gol, aos 28
minutos, Abner Vinícius (substituto de Denílson, em sua primeira participação
no jogo, recebeu na esquerda, encarou a marcação e finalizou por cima do
travessão. Depois, aos 31, Pablo Thomaz recebeu na entrada da área e, de frente
com o marcador, tentou bater com efeito e a redonda saiu à direita do gol de
Guilherme.
O Olaria não estava entregue. Aos 37, Jajá
(substituto de Galvão) recebeu na esquerda, foi para cima e, ao adentrar na
lateral da grande área, rolou para Antônio, que limpou a marcação, chutou e
Dida defendeu com os pés. No entanto, a situação complicou para o Azulão da
Bariri quando perdeu o zagueiro Carlos Alberto, que recebeu o segundo cartão
amarelo e foi expulso aos 42 minutos. No minuto seguinte, Abner Vinícius arrancou
pela esquerda, rolou para Clisman, que furou e, sem querer, virou passe para
Walber, que finalizou e Guilherme fez uma defesaça à queima-roupa.
A decisão teve mais cinco minutos de
acréscimos. Aos 47 minutos, o árbitro foi consultar o VAR para checar uma
possível agressão fora do lance e, após conferir a arbitragem de vídeo, o juiz
deu cartão vermelho para Abner Vinícius e, com isso, o jogo ganhou mais um
minuto de acréscimo. Enquanto isso, a torcida do Tsunami já começou a entoar o
grito de "é, campeão!".
Então, aos 51 minutos, o árbitro Bruno Mota
Correia encerrou a partida no João Saldanha: Maricá 0, Olaria 0. O Tsunami é
campeão da Copa Rio 2024. Enquanto isso, o Olaria acumulou o quinto
vice-campeonato nas últimas três temporadas: três do Estadual do Rio de Janeiro
da Série A2 e, agora, duas Copas Rio.
A seguir, o resumo da campanha dos campeões e
a ficha técnica da decisão.
Parabéns ao Maricá Futebol Clube pelo título e
também para o Olaria que, apesar do vice-campeonato, está garantido na Copa do
Brasil de 2025.
Por Jorge Almeida
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