Jethro Tull: 20 anos de "Nothing Is Easy: Live At The Isle Of Wight 1970"
"Nothing Is Easy: Live At The Isle Of Wight 1970", do Jethro Tull, completa 20 anos de lançamento em 2024 |
Ontem, 2 de novembro, o álbum "Nothing Is Easy: Live At The Isle Of Wight 1970", do Jethro Tull, completou 20 anos de lançamento. Produzido por Ian Anderson e lançado pela Eagle, a obra traz uma performance do grupo no quinto e último dia do tradicional festival da Ilha de Wight em 30 de agosto de 1970. O registro também saiu em DVD.
Na época em
que foi gravado, o Jethro Tull tinha apenas três álbuns de estúdio - "This Was" (1968), "Stand Up" (1969) e "Benefit" (1970) -, e por conta da
qualidade de suas performances, a banda parecia uma veterana e, no festival, se
apresentou após The Moody Blues e antecipou Jimi Hendrix, que ficou responsável
por encerrar o evento.
Então, como
de costume, o grupo soa firma e seguro já na abertura, o Tull entrou com tudo
em "My Sunday Feeling", com atuação radiante dos caras,
especialmente Martin Barre, que fez um ótimo solo. Na sequência, a 'inédita'
"My God", que fora lançada no ano seguinte em "Acqualung" (1971), e que abre com
uma guitarra intrincada e no meio do caminho Anderson diz "Este é
realmente o começo" e ainda teve um precioso solo de flauta feito por Ian
Anderson. Na faixa seguinte, "With You There To Help Me", os
holofotes ficam voltados para o tecladista John Evan, que fez atrocidades com o
seu instrumento, apesar de não terem conseguido criar a atmosfera psicodélica
da versão de estúdio. O registro chega ao meio com "To Cry You A Song",
em que o solo de guitarra de Barre é tão bom que faz uma simbiose com os demais
membros.
Já a
instrumental "Bourée", de Bach e rearranjada por Ian Anderson,
contém um baixo fortemente distorcido que chama bastante atenção.
Posteriormente, lembrando que essa é a ordem do CD, vem "Dharma For One",
que ganhou mais peso, se comparada com a versão original, e que traz um
esplendoroso solo de bateria de Clive Bunker. Depois, em "Nothing Is
Easy", que já boa por si só na versão em estúdio, mas ao vivo, aqui, é
outro patamar, ainda mais com a ótima presença do Moog de John. E o medley
"We Used To Know" e "For A Thousand Mothers",
que fecha o álbum. Esta é realmente uma inclusão legal. Há uma pequena jam
improvisada separando as duas músicas. É cru e áspero e Martin mostra suas
habilidades muito bem.
Enfim, esse
é um ótimo documento histórico ao vivo do começo de uma das maiores bandas não
só do rock progressivo, mas da história do rock. A energia que Ian Anderson e
seus parças transmitem é um absurdo. Vida longa a Ian Anderson e ao Jethro
Tull.
A seguir, a
ficha técnica e o tracklist da obra.
Álbum: Nothing Is
Easy: Live At The Isle Of Wight 1970
Intérprete: Jethro Tull
Lançamento: 2 de novembro
de 2004
Gravadora/Distribuidora: Eagle
Records
Produtor: Ian
Anderson
Ian Anderson: voz,
guitarra acústica e flauta
Martin Barre: guitarra
Glenn Cornick: baixo
Clive Bunker: bateria
John Evan: teclados
1. My Sunday
Feeling (Anderson)
2. My God (Anderson)
3. With You
There To Help Me (Anderson)
4. To Cry
You A Song (Anderson)
5. Bourée
(Instrumental) (Bach / Arr. Anderson)
6. Dharma
For One (Anderson / Bunker)
7. Nothing
Is Easy (Anderson)
8. We Used
To Know / For A Thousand Mothers (Anderson)
(Anderson)
Por Jorge
Almeida
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