Japan House São Paulo apresenta exposição "A vida que se revela", destacando memórias cotidianas capturadas por fotógrafas de diferentes gerações *
Foto meramente ilustrativa. |
Apresentamos um diálogo visual entre o trabalho das fotógrafas japonesas Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda, a mostra destaca pontos em comum entre duas gerações distintas. Neste diálogo, o público independente de seu país de origem ou da geração, poderá se identificar com o ambiente doméstico e momentos em família e refletir sobre o futuro do lar e da família em constante evolução
São
Paulo, novembro de 2024 – Realizada pela primeira vez no Brasil, a exposição
“A
vida que se revela” ocupa o segundo andar da Japan House São Paulo
entre os dias 19 de novembro e 13 de abril de 2025, com entrada gratuita. Em
colaboração com o “KYOTOGRAPHIE International Photography Festival” -
reconhecido como um dos mais importantes eventos do gênero desde sua criação em
Quioto em 2013 – a mostra exibe quatro séries de fotografias produzidas por
Rinko Kawauchi (1972) e Tokuko Ushioda (1940), que retratam momentos familiares
e a intimidade de seus lares no Japão.
As séries, que capturam momentos com a família ou cenas
cotidianas do lar, são baseadas em um diálogo entre essas duas importantes
fotógrafas japonesas, Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda, que receberam grande
reconhecimento no ‘KYOTOGRAPHIE International Photography Festival
2024’.
Kawauchi comenta o motivo por ter escolhido a Ushioda, que já
conquistou vários prêmios e está expondo na América Latina pela primeira vez
aos 84 anos de idade, como parceira desta interlocução: “Eu respeito o fato de
que ela tem atuado como fotógrafa desde uma época em que a participação das
mulheres na sociedade era difícil, além do fato e que ela encara a vida com
sinceridade”.
Dentre os fotógrafos da atualidade, Kawauchi é conhecida por
suas reflexões profundas e pessoais de sua família. Seu estilo, que
ressalta a fragilidade e a vitalidade fundamental escondidos no objeto
retratado com a sua delicada sensibilidade, teve reconhecimento internacional
e, em 2007, seu trabalho foi exibido no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no
Brasil.
“São formas muito poéticas de mostrar esses cotidianos com um
olhar bem cuidadoso e
muito pessoais para os pequenos detalhes e momentos, alguns comuns,
outros inusitados e até divertidos. O que a gente espera é que o público se
aproxime desse dia a dia, que crie uma certa intimidade com a vida dessas duas
mulheres, que nada mais é do que a vida de uma pessoa comum no Japão e que pode ter tanto em comum
com as nossas vidas aqui, do outro lado do mundo”, comenta Natasha
Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo.
A série “Cui Cui”, de Kawauchi, documenta, ao longo de 13
anos, momentos do ciclo de vida de sua família como o casamento de seu irmão, o
falecimento de seu avô e o nascimento de seu sobrinho. O título da série foi
escolhido pela fotógrafa ao se deparar com a expressão francesa usada para
descrever o gorjeio do pardal, canto possível de ser ouvido nas mais diversas
partes do mundo, e, portanto, uma metáfora perfeita para os sons cotidianos que
permeiam a vida familiar de Kawauchi. Já em sua série, “as it is”
(algo como “tal como é”, em tradução livre), Rinko registra os três primeiros
anos de vida de sua filha, complementada por uma projeção em vídeo.
Na série “ICE BOX”, Ushioda documenta, ao longo de 22 anos,
a intimidade de famílias de parentes e amigos utilizando geladeiras como um
ponto fixo de referência, oferecendo uma perspectiva única sobre a vida
doméstica e a conexão familiar da época. Já em “My Husband”, ela
compartilha cenas do cotidiano com seu marido e filha, registradas em um
pequeno apartamento de estilo ocidental durante a década de 1970.
A Japan House São Paulo oferece várias atividades paralelas para
proporcionar aos visitantes uma compreensão mais profunda acerca da exposição.
Destaque para uma visita guiada no dia 19 de novembro, às 15hs, conduzida pela
fotógrafa Tokuko Ushioda e por Yusuke Nakanishi, co-fundador e diretor do
festival KYOTOGRAPHIE – International Photography Festival. Outro evento
importante que acontece também na terça-feira (19), às 19h, é um bate papo com
Tokuko Ushioda, mediado pelo fotógrafo e pesquisador brasileiro, Lucas Gibson.
Na ocasião, o público poderá conhecer sobre a trajetória da fotógrafa e se aprofundar
nas séries “ICE BOX” (Caixa de Gelo) e “My Husband” (Meu Marido), presentes na
exposição. “A vida que se revela” integra o programa JHSP Acessível,
oferecendo recursos táteis, audiodescrição e vídeo em libras para proporcionar
acessibilidade a todos os visitantes.
Sobre a Japan House São Paulo (JHSP): A
Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o
conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas
governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi
a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los
Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada
Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo
Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a
instituição promoveu mais de 48 exposições e cerca de mil eventos em áreas como
arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais
de 3,5 milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada
e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões
de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para
outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada
pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de
edificações.
Créditos: Raisa Scandovieri | Suporte Comunicação
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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