Idealizado pelo Núcleo do 184, projeto 5 Mulheres e Um Destino: a Arte, o Teatro, a Vida enfim! apresenta cinco solos feministas no Teatro Studio Heleny Guariba *
Foto meramente ilustrativa. |
Peças encenadas por Dirce Thomaz, Dulce Muniz, Luciana Ramin, Alessandra Queiroz e Rosana Ribeiro fazem apresentações gratuitas entre os dias 30 de novembro e 18 de dezembro
Discutir os dilemas enfrentados pela população feminina hoje é um
dos objetivos do projeto 5 Mulheres e Um Destino: a Arte, o Teatro,
a Vida enfim!, que reúne cinco espetáculos seguidos por bate-papos
entre os dias 30 de novembro e 18 de dezembro. Todas as
apresentações são gratuitas e acontecem no Teatro Studio Heleny Guariba.
Veja a programação completa abaixo.
Idealizada
por Dulce Muniz e o Núcleo 184, a iniciativa envolve também
solos de Dirce Thomaz, Luciana Ramin, Alessandra Queiroz e Rosana
Ribeiro. A abertura será com o trabalho Lélia! Sua Voz é a nossa
Voz!, com atuação e dramaturgia de Dirce Tomaz e
direção de Paulo Pereira. “Embora não milite nas trincheiras
feministas, eu sempre gosto de criar e encenar trabalhos que defendam as
mulheres de todas as ruindades, malvadezas e crueldades que se fazem por aí”,
conta Muniz.
Cada
uma das atrizes se debruçou sobre um tema e, para enriquecer a discussão, todas
as sessões são seguidas por bate-papos. As peças serão apresentadas três vezes
ao longo do evento.
“Aqui
no Heleny Guariba, que tenho com o Núcleo 184 desde 1997, gostamos muito de
acolher algumas coisas que tenham a ver com a nossa ideia de vida. Queremos
promover atividades que nos façam pensar em transformações políticas, humanas e
sociais”, comenta Dulce.
Conheça
os espetáculos de 5 Mulheres e Um Destino: a Arte, o Teatro, a Vida
enfim!
Lélia! Sua Voz é a nossa Voz! inaugura
o projeto com atuação e dramaturgia de Dirce Tomaz e direção
de Paulo Pereira. As apresentações acontecem nos dias 30 de
novembro, às 18h e às 21h, e 1º de dezembro, às 18h. O bate-papo, após
todas as sessões, é conduzido por Rosimeire de Almeida.
A
proposta do texto é revisitar o pensamento Lélia Gonzalez (1935-1994),
antropóloga e ativista brasileira importante para a história do povo negro. A
montagem é uma produção inédita da Invasores Companhia Experimental de Teatro
Negro e dialoga com a história da intelectual, a de Ângela Davis e as de tantas
outras ativistas e mulheres negras reais e imaginadas.
Nos
dias 4, 5 e 6 de dezembro, às 20h, Dulce Muniz apresenta Salto
270, dirigido por Rogério Tarifa. A atriz homenageia uma
grande amiga, que se suicidou em 2006.
O
espetáculo visita os sonhos, as angústias, as tristezas, as emoções e as
frustrações vividas pela homenageada nos últimos minutos de vida. O bate-papo é
com Sandra Vargas.
A
programação segue com a palestra-performance Dedo Podre,
encenado por Luciana Ramin e dirigida por Otávio Oscar. As
apresentações acontecem nos dias 7 de dezembro, às 18h e às 21h, e 8 de
dezembro, às 18h. O bate-papo é com Edi Cardoso.
Fazendo
referência a uma expressão popular que indica escolhas ruins (dedo podre), a
performer coloca o dedo como motor de transformações, como no uso de
aplicativos de relacionamento, de transações bancárias e das urnas eletrônicas,
além de muitas outras funções. Ao mesmo tempo, ela questiona os processos de
descartabilidade humana e as mazelas de tentar “escolher" quando a máxima
é o descarte.
Abysmo-Experimento Cênico - nº 2, encenado
por Alessandra Queiroz e dirigido por Thiago
Vasconcelos, é o solo apresentado nos dias 11, 12 e 13 de dezembro,
às 20h. O bate-papo é com Milena Fonseca.
O
trabalho aborda o ato de contar histórias a partir dos textos de Agnes Heller,
Lícofron, Silvia Federici e Walter Benjamin. Queiroz reflete sobre a
substituição da narrativa tradicional pela forma de comunicação predominante
hoje, a informação.
Por
fim, Na Carne - A Regeneração é apresentado nos
dias 14, 15 e 16 de dezembro, às 20h.O solo de Rosana Ribeiro com
direção de Marco Xavier busca responder às seguintes questões:
o que pode um corpo? O que pode um corpo em crise? O espetáculo mescla
referências de Butoh, Pina Bausch, do trabalho psicofísico de Grotowski e do
teatro físico de Tadeusz Kantor.
Na
trama, após passar pelas espirais das virulências e dos desejos, das desmedidas
dos atos e das violências dos fatos, um certo corpo agora busca pela regeneração
necessária para a continuidade da vida.
O
encerramento do projeto Mulheres e Um Destino: a Arte, o Teatro, a Vida
enfim! acontece no dia 18 de dezembro, a partir das 20h, com a
cerimônia de entrega do Prêmio Dom Quixote de Teatro. “Temos feito
essas femenagens desde o Teatrarias, evento que aconteceu em 2022”, afirma
Dulce Muniz.
Créditos: Daniele Valério | Canal Aberto
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
Comentários
Postar um comentário