Exposição Afogada, da artista visual Emília Santos, tem visitação prorrogada para até o dia 24/11 *
Foto meramente ilustrativa. |
Com entrada gratuita, a mostra que reúne pinturas inspiradas em
cenas marinhas pode ser vista na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes
Já
imaginou ver paisagens de superfícies aquáticas que representam a transição do
dia, desde o amanhecer até o anoitecer? Isso é possível na Exposição Afogada,
de Emília Santos, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí, que
teve a visitação prorrogada para até o dia 24/11.
Mestre
em Multimeios pela UNICAMP e graduada em Licenciatura em Artes Visuais,
Pintura, Gravura e Escultura pelo Centro Universitário Belas Artes de São
Paulo, Emília Santos apresenta ao público pinturas que
exploram a representação do mar. Por meio de um QR Code, as
obras têm recursos de acessibilidade, como a audiodescrição, e podem ser
acompanhadas por uma playlist especial. A Mostra Afogada foi contemplada
pelo edital da Lei Paulo Gustavo (LPG 21/2023) e é uma
realização da Prefeitura de Jundiaí e do Governo Federal.
A
Exposição
A
estreia da Exposição Afogada foi dia 28/09/24 e reuniu público de Jundiaí e
Região. A princípio, ficaria em cartaz até dia 10/11, mas foi prorrogada a
visitação até o dia 24/11. Entre as ações propostas pelo projeto, estão
visitas guiadas e rodas de conversas com a artista para debater sobre os
processos criativos. No último dia 26/11, os visitantes tiveram essa
experiência. A turismóloga Angela Maria Nunes da Silva, de 49 anos, e seu
marido, Cláudio Marcos da Silva, consultor comercial, 48, se surpreenderam com
o efeito das obras e se identificaram com algumas telas. Eles são de Belém do
Pará, moraram 5 anos em Fortaleza e há 5 anos vivem em Jundiaí.
“Me
identifiquei muito com os quadros com os quadros e denominei que uma
parte da exposição remete ao Nordeste e outra o Sudeste. Uma das telas me
lembrou muito o final de tarde em Belém, minha cidade. O brilho que reflete na
água me arrepiou e emocionou. Trabalhos belíssimos”, avaliou Angela. Claudio
se surpreendeu com a qualidade das obras expostas. “Trouxe minha esposa para
conhecer a Pinacoteca e nos deparamos com telas belíssimas em um espaço muito
legal. Foi muito surpreendente o efeito que causou em nós”, comenta.
A
psicóloga Andreia Ferreira Braga, 49, mudou-se do Rio de Janeiro para Jundiaí
há quatro meses. Fã de artes visuais e frequentadora de exposições,ela
destacou a inclusão que a exposição Afogada oferece para todas as pessoas. “A
acessibilidade faz toda a diferença e é algo relativamente novo. Hoje tudo é
integrado e a exposição permitiu fazer isso tudo, ou seja, vivenciar a sensação
refrescante do mar e de contemplar um dia inteiro. Uma imersão muito intensa
,mas prazerosa”,
Reflexões
nas telas
A
exposição ‘Afogada’ aborda, de forma simbólica, angústias geradas pelos
acontecimentos das catástrofes climáticas, do desgoverno sobre políticas
ambientais, a fim de refletir sobre as bruscas mudanças na paisagem provocadas
pelo desequilíbrio ambiental, catástrofes climáticas, deslizamentos, enchentes
e alagamentos, que transformam o cotidiano do olhar, construindo uma imagem
modificada da paisagem presente.
A
artista visual provoca o público a refletir sobre as mudanças drásticas que
afetam as paisagens e a necessidade urgente de assumirmos nossa
responsabilidade em relação ao meio ambiente. “É uma expressão de cenas
marinhas que evocam a sensação de submersão. Em minhas criações eu exploro a
relação entre o figurativo e o abstrato, com um foco especial em representar
movimentos aquáticos e reflexos. Meu trabalho artístico é voltado para
reflexões sobre torções entre materiais e gêneros da pintura”, explica
Emília que mora em Jundiaí e é professora.
Sem
retratar lugares específicos, a artista opta por trazer a sensação de estar
ilhada, afogada, em isolamento para tratar sobre o assunto. A série busca
promover reflexões sobre a sensação de submersão, sinônimo de vencida, alagada,
escondida, esquecida, inundada e perdida, escondimento e esquecimento diante de
uma crise tão profunda.
Em
suas pinturas, a artista explora a gestualidade, a cor e a pincelada para
retratar o movimento da água e as diferentes sensações que esse movimento pode
promover, abordando desde uma instabilidade gerada pelo mal-estar das ondas até
uma sensação de calmaria e conforto. As pinturas possuem dimensões
variadas e uma paleta de cores que propõe diferentes momentos de um dia, do
amanhecer até o anoitecer. Utilizando tintas à base de água, a ideia é produzir
efeitos em que a pincelada seja visível, destacando o gesto da construção da
cena.
A
artista incorpora a dualidade presente na simbologia da água, compreendida como
signo de origem da vida, transformação, abundância e bem como rituais de
transformação e morte. Diante da tragédia climática e social que assola as
cidades, a artista busca transmitir sua visão crítica e sensível à problemática
ambiental por meio de sua arte, utilizando a cidade como palco dessa reflexão.
Perfil
de Emília Santos
Emília
Santos, artista visual com Mestrado em Multimeios pela Unicamp e Graduação em
Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Sua obra é
caracterizada pela exploração da interseção entre materiais e gêneros na
pintura. Em 2022, realizou a exposição “Diálogos Insurgentes”, na Pinacoteca
Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. Ganhou o edital dos Cadernos Pagu, promovido
pelo Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidade da Unicamp, com sua obra
destacada como capa da edição nº 67.
Além
de seu trabalho como pintora, possui experiência como ilustradora em projetos
editoriais, incluindo uma colaboração com Iara Rennó no livro sensorial
“Afrodisíaca”. Selecionada pelo edital Aldir Blanc em 2021, sua obra “Paisagem
Imaginária” integrou o acervo da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente, Emília explora
a relação entre o figurativo e o abstrato em suas criações, com um foco
especial em representar movimentos aquáticos e reflexos.
Serviço:
Exposição
‘Afogada’ de Emília Santos
Visitação: Até
dia 24/11
Horário: Das
10h às 17h, de terça a domingo
Local: Pinacoteca
Diógenes Duarte Paes
Endereço: Rua
Barão de Jundiaí, 109 – Centro - Jundiaí
Entrada
gratuita
Informações: Instagram
@emiliasemidia
Saiba
mais sobre Emília Santos:
https://emiliasantosobras.
(11) 99657-3736
emaildaemilaisantos@gmail.com
Créditos: Ellen Fernandes | EBF Comunicação
* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa
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