Espíritos vadios: inspiração dos anos 80 sem mocinhas nem vilões clichês *
Foto meramente ilustrativa. |
De hackers a coronéis modernos, romance do escritor André L. Nakamura satiriza hipocrisia e superficialidade
Quando hackers, mentalistas, advogados, mafiosos,
profissionais do sexo e autoridades religiosas são envolvidos na morte de Toni
e Alexandre, dois dos mais temidos coronéis da Paraíba, cabe respectivamente às
viúvas Marcília e Valquíria protegerem os legados dos maridos durante uma
guerra entre seus sucessores. Nesta atmosfera ausente de mocinhas ou mocinhos
a serem salvos de vilões, o escritor André L. Nakamura cria,
no lançamento Espíritos Vadios, um cenário repleto de conflitos
de interesses, denunciando pressões sociais e desigualdades estruturais.
Ambientada principalmente em cidades fictícias da
Paraíba, em especial Campo das Brisas e Pontes Reais, a trama parte da
surpreendente morte do coronel Alexandre, alvo de conspirações e ameaças de
inimigos. Pouco tempo depois, Toni, seu compadre e também coronel, aparece
morto de maneira igualmente suspeita, dando lugar para o ambicioso irmão, Dom
Luciano, assumir o controle das regiões. Mas, o que poderia ser apenas uma
batalha pelo controle dos territórios se transforma em uma guerra entre o novo
sucessor e as viúvas Marcília e Valquíria, que desejam manter a influência da
família e as alianças políticas.
À boca pequena,
fala-se em conspirações, ameaças e suspeitas de chantagens, torturas e,
especialmente, assassinatos; e que teriam sido estes os requisitos atendidos
pelos promissores militares naquela rápida subida na hierarquia. Na ativa,
participavam efetivamente de toda sorte de práticas dissuasórias ou
aliciadoras: corrupção por meio de superfaturamento em aquisições de bens e
serviços, comércio clandestino de armas, prestação de “proteção”, missões como
“justiceiros” e do que mais fossem incumbidos por seus superiores hierárquicos,
nesses tempos. (Espíritos Vadios, p. 42)
Ao longo das páginas, surgem novos personagens, como
Bárbara, uma hacker talentosa e determinada, o advogado Êudice, envolvido em
esquemas duvidosos, e figuras espirituais, como o pai de santo Naldivar. Cada
um dos personagens, com seus segredos e alianças, navegam por conflitos e
chantagens que revelam a fragilidade moral dos seres humanos. Sem heróis ou
vilões tradicionais, Espíritos Vadios é o primeiro livro de uma
trilogia que se desprende de uma narrativa linear e coloca à prova a
ambiguidade moral e as consequências de uma sociedade profundamente marcada
pela corrupção.
Com um tom de crítica social, o livro satiriza a
hipocrisia e a superficialidade que permeiam o cotidiano dos protagonistas,
expondo as falhas nas estruturas de autoridade. Ao criar um ambiente de
desconfiança, André L. Nakamura desafia o leitor a refletir
sobre o que está por trás das escolhas humanas e sobre as linhas tênues entre o
bem e o mal, à medida que revelam como o poder corrompe os indivíduos.
FICHA
TÉCNICA
Título: Espíritos
Vadios
Subtítulo: Livro
1: Antros de Raposas
Autor: André
L. Nakamura
ISBN: 978-65-01-17855-4
Páginas: 272
Preço: R$ 54,61
Onde
comprar: Amazon | Loja Uiclap
Sobre
o autor: André Luiz Nakamura, advogado, ex-
procurador jurídico da Prefeitura de Olímpia/SP, com mais de 20 anos de
experiência no serviço público, é formado em Jornalismo, Letras e Publicidade,
experiências que se refletem na riqueza de diálogos e nas complexidades de suas
obras. Ao longo da carreira, também foi Coordenador Geral do Setor de Folclore
e Diretor Executivo do Anuário Folclore de Olímpia, onde publicou diversos
artigos sobre cultura popular. A trilogia Espíritos Vadios marca
sua estreia na literatura.
Instagram
do autor: @andreluiznakamuraadv
Créditos: Maria Clara Menezes | LC Agência de
Comunicação
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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