Corpo de Dança do Amazonas apresenta TA | Sobre Ser Grande, no Sesc Vila Mariana *
Foto meramente ilustrativa. |
Com 22 bailarinos e um DJ em cena, o espetáculo tem direção de Mario Nascimento e reflete sobre os desamparados, abordando questões relacionadas aos indígenas, à população LGBTQIAP+, à comunidade negra e os ribeirinhos
Sucesso de
público e de crítica, o espetáculo TA | Sobre Ser Grande,
encenado pelo Corpo de Dança do Amazonas e dirigido por Mario
Nascimento, volta a São Paulo para três únicas apresentações nos dias 15,
16 e 17 de novembro, no Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141, Vila Mariana,
São Paulo), com ingressos entre 18 e 60 reais, já disponíveis para venda no
site ou nas bilheterias das unidades. No dia 16 de novembro, Mário
Nascimento ministra gratuitamente o workshop Dança Contemporânea,
das 11h às 13h, para bailarinos e alunos de dança maiores de 16 anos (forma de
participação no final do texto).
“O trabalho nasceu durante a pandemia de Covid-19 a partir de um desejo de
proteção da Amazônia e dos povos originários, que vêm sofrendo muito com a
devastação da floresta. Por isso, criei uma espécie de utopia em que uma tribo
indígena, no futuro, age como guardiã daquele território”, comenta o
diretor.
Para a etnia Tikuna, “TA” significa grandeza, remetendo à língua e ao ambiente onde vivem, em uma profunda ligação com os sons da natureza. Mario evoca essa amplitude amazônica por meio da dança. Com 22 bailarinos em cena, a coreografia representa a força e a vastidão do Amazonas.
No entanto, mais do que abordar questões ambientais, como a contaminação das águas da região com mercúrio e a exploração extrema das riquezas naturais e minerais, o espetáculo destaca os desamparados, as pessoas que são invisíveis. Estão incluídas em TA | Sobre Ser Grande reflexões sobre a população LGBTQIAP+, a comunidade negra e os ribeirinhos.
Inspirado também por Manaus, uma cidade vibrante rodeada pela Floresta Amazônica, Mario desenhou um espetáculo que mistura tradição e urbanidade. “Assim como qualquer cidade grande, essa capital sofre muito com a urbanização desenfreada. O interessante é a sua faceta cultural intensa, principalmente pela presença de um movimento folclórico – e quisemos explorar todas essas nuances. Os bailarinos foram fundamentais para isso”, afirma Nascimento.
Para o figurino, Ian Queiroz, um jovem artista de Manaus, também uniu tradição e urbanidade nas suas criações. “Ele se inspirou exatamente nas características das vestimentas originárias e nas vestimentas urbanas”, acrescenta o diretor.
Em relação à iluminação, João Fernandes Neto usou como referência as sombras, a escuridão e as luzes da floresta e de Manaus.
TA – Sobre Ser Grande estreou em 2021 no Festival de Dança de Joinville. Desde então, o CDA se apresentou em cidades como Fortaleza, Brasília, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e internacionalmente em eventos como o Ano do Brasil na França e nos Estados Unidos. Este ano, a montagem foi destaque no Festival de Curitiba.
Seu repertório conta com mais de 60 obras criadas com a colaboração de artistas do Brasil e do exterior, entre elas, “Mandala” (de Luis Arrieta), “Another time to breath” (de Ronald Brown), “A Sagração da Primavera” (de Adriana Góes e André Duarte), “Cabanagem” (de Mario Nascimento), “Grito Verde” (de Ivonice Satie), “Romeu e Julieta” (de Olaf Schmidt), “Carmen Suíte” (de Adriana Goes), “Rito de Passagem” (de Rui Moreira), “Xamã” (de Joffre Santos), “Traços” (de Henrique Rodovalho), “Um deus doente” (de Sandro Borelli), “Casardá” (de Alex Soares), “Petrushka”(de Luiz Fernando Bongiovanni) e “Rios Voadores” (de Rosa Antuña).
Créditos: Daniele Valério | Canal Aberto
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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