Cia do Tijolo estreia "Restinga de Canudos" com temporada gratuita no CEU Carrão, na Zona Leste *
Foto meramente ilustrativa. |
O espetáculo homenageia a educação feita em
movimentos populares e emociona ao narrar histórias de pessoas que resistiram à
Guerra de Canudos, provocando reflexões sobre o Brasil e suas raízes profundas.
Cia do Tijolo estreia "Restinga de Canudos": um olhar profundo sobre as histórias esquecidas da Guerra de Canudos
De 14
de novembro à 13 de dezembro de 2024, com entrada gratuita e tradução em
LIBRAS, a Cia do Tijolo ( @ciadotijolo ) estreia seu novo
espetáculo “Restinga de Canudos”, com apresentações no teatro
do CEU Carrão, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.
A montagem promete emocionar e provocar reflexões sobre o Brasil e suas raízes
profundas.
Em sua
nova montagem, a Cia do Tijolo propõe uma reinterpretação
sensível e impactante da Guerra de Canudos, que, ao invés de focar
apenas no grande nome de Antônio Conselheiro, volta os olhos para
as histórias das pessoas comuns que viveram e resistiram em Canudos,
no sertão da Bahia, no final do século XIX.
O que
torna a Guerra de Canudos, um dos episódios mais trágicos da história do
Brasil, uma história relevante ainda hoje? Quais vozes foram silenciadas por
trás do conflito armado? Para a Cia do Tijolo, a chave para essa
resposta está nas histórias invisíveis, nas vidas de pessoas que, ao lado de
guerrilheiros e líderes, teceram o cotidiano do vilarejo.
“Restinga de Canudos” não busca recriar o embate militar ou glorificar herois, mas iluminar as figuras de mulheres, como as professoras militantes, beatos rezadores, agricultores, poetas populares e outros personagens que formaram o tecido social da cidade do interior.
Neste espetáculo,
o foco recai sobre pessoas anônimas, cuja luta diária, longe dos holofotes da
história oficial, ecoa nas memórias de uma resistência que se deu não apenas
nas trincheiras, mas no campo, nas escolas e na cultura popular. O trabalho das
professoras, figuras centrais na formação da consciência crítica da época, é
celebrado, especialmente por sua atuação como agentes de transformação,
resistência e militância política. A Cia do Tijolo faz uma
homenagem a essas figuras, cujas ações e discursos são pouco reconhecidos na
narrativa oficial.
A
direção de Dinho Lima Flor e Rodrigo Mercadante dá à montagem
uma abordagem intimista e visceral, que mergulha nas emoções e nas vidas
daqueles que não eram os protagonistas da história, mas que foram essenciais na
construção de uma resistência que ressoou muito além da tragédia.
O
elenco é composto por Dinho Lima Flor, Rodrigo Mercadante, Karen
Mennati, Odília Nunes, Artur Mattar e João Bertolai, com a trilha sonora ao
vivo dos músicos Marcos Coin, Dicinho Areias e Maurício
Damasceno, criando uma atmosfera envolvente e tocante.
O
espetáculo também dá continuidade às pesquisas da Cia do Tijolo sobre
a educação popular e a arte, fundamentais para a sua constituição e prática
artística. A companhia reafirma o papel da arte como ferramenta de resistência
e construção da memória coletiva, oferecendo um novo olhar sobre uma parte
dolorosa, mas essencial da história do Brasil.
Cia
do Tijolo e o teatro que exalta os educadores e a educação libertadora
Em
montagens inspiradas em Paulo Freire, como “Ledores no
Breu” e “Guará Vermelha”, o grupo celebra a educação como
ferramenta libertadora, capaz de transformar vidas. Seu trabalho é uma
constante homenagem aos educadores, especialmente às professoras, que, com sua
docência militante, formam consciências críticas e destemidas, fundamentais
para qualquer mudança social.
A Cia do Tijolo reafirma, com sua arte, que educar é, acima de tudo, um ato de resistência e de amor — um amor que transforma e liberta.
Informações: www.facebook.com/ciadotijolo, www.instagram.com/ciadotijolo, www.ciadotijolo.com.br
SERVIÇO:
Espetáculo ““Restinga
de Canudos””
Sinopse: Restinga de Canudos mergulha nas pequenas histórias de resistência do vilarejo de Canudos, dando voz a personagens comuns como duas professoras, uma poeta popular, agricultores, beatos, cantadores, um juremeiro e um indígena. O espetáculo ilumina o cotidiano dessas pessoas e, especialmente, o papel das educadoras no fortalecimento da consciência crítica e na luta por um Brasil mais justo. Com uma narrativa poética e sensível, faz uma homenagem à docência militante, destacando a educação popular como força transformadora e essencial para a construção de um futuro coletivo.
Duração: 90 minutos
Onde: Teatro do CEU Carrão - Carolina Maria de Jesus - Endereço: Rua Monte Serrat, 380 - Tatuapé, São Paulo – SP
Datas e horários:
14 de novembro de 2024 (quinta-feira) às 19h30
21 de novembro de 2024 (quinta-feira) às 20h
22 de novembro de 2024 (sexta-feira) às 09h, 14h e 19h30
04 de dezembro de 2024 (quarta-feira) às 20h
05 de dezembro de 2024 (quinta-feira) às 20h
13 de dezembro de 2024 (sexta-feira) às 14h
Classificação indicativa: 18 anos
Entrada gratuita
Informações e agendamento para grupos e escolas: ciadotijolo2@gmail.com
Capacidade: 250 lugares
Acessibilidade: Elevadores e rampas de acesso. Tradução em LIBRAS.
Estacionamento: Não
Créditos: Luciana Gandelini
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa
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