A literatura não para e as bibliotecas públicas acompanham. Confira alguns títulos que chegaram para compor o acervo *

Foto meramente ilustrativa.

Diferentes obras abordam temáticas e discussões de alto impacto na atualidade e estão disponíveis na BibliON, na Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL) e na Biblioteca de São Paulo (BSP)

O acervo da BSP, BVL e BibliON apresentam inúmeras obras de grande relevância para a literatura. Além disso, contam com títulos e temáticas que agradam a todos os gostos, permeando das leituras mais simplificadas até as mais complexas. Abaixo você pode saber algumas das novidades que chegam no mês de novembro:

BibliON:

Rachaduras - Natalia Timerman 
Parte da literatura brasileira contemporânea, essa obra elenca 22 contos que falam dos dilemas do desejo em uma sociedade marcada por insatisfações, medos inconscientes, impasses sociais e pela agitação dos acasos cotidianos. O livro é dividido em três partes. "Felizes para sempre", "Príncipes e princesas" e "Outros planos". Relações conjugais, anseios, flertes, encontros, desencontros e inserção social transformam-se em resolução e ímpeto, mas também em dúvidas e incompreensão: os textos falam dos dilemas do desejo em uma sociedade marcada por insatisfações, medos inconscientes, impasses sociais e pela ansiedade dos acasos.

Anon  -  Virginia Woolf 
Virginia Woolf não foi nem queria ser uma autora anônima. Longe disso. Tampouco era uma leitora comum. Aliás, a autora anônima é inseparável da leitora comum. Estão ambas ligadas à ideia do caráter democrático da arte poética ou narrativa: de um lado, está a pessoa que – por gosto, talento ou estratégia – produz e ao mesmo tempo transmite, anonimamente, o conto ou o canto que resulta de seu dom e sentimento; e, do outro, quem ouve ou lê – por prazer ou curiosidade – ou seja, a ouvinte comum, ou, na era da imprensa, a leitora comum. Este livro, organizado e traduzido por Tomaz Tadeu, tenta cobrir os dois lados da equação. Do lado da produção, está o texto "Anon", escrito por Virginia um pouco antes de sua morte em 1941. Do lado da audição ou da leitura, está "O leitor", texto que ela esboçara juntamente com o primeiro. A obra se completa com outros textos de Virginia que têm relação com a questão do anonimato. Num mundo e numa época em que reinam a visibilidade e a exposição, essas reflexões ainda têm sua importância. O anonimato é, em geral, resultado da repressão e do veto, mas também pode ser, como demonstra Virginia, um instrumento de protesto e rebelião. Anon vive.

Negro sou, negro serei é um livro do poeta, ensaísta, dramaturgo e político martinicano Aimé Césaire com Françoise Vergès, cientista social e ativista feminista decolonial. O livro, resultado desse encontro, oferece uma visão abrangente das ideias e perspectivas de Aimé Césaire (1913-2008) sobre as questões às quais se dedicou por toda a vida: a identidade negra, o colonialismo e a luta pela emancipação racial. Para isso, ele analisa a sua própria trajetória pessoal e intelectual, retomando eventos da infância na Martinica natal, o seu envolvimento no movimento anticolonial nas comunidades afrodescendentes ao redor do mundo. Françoise Vergès, referência nos debates contemporâneos sobre raça e gênero, ela também nascida na chamada França ultramarina, ou seja, em uma ex-colônia francesa, conduz as conversas com Césaire colocando em evidência os desdobramentos do conceito de negritude, cunhado por ele, como ferramenta poética e ideológica para reivindicar o valor e a dignidade da identidade negra. A edição conta ainda com o ensaio "Por uma leitura pós-colonial de Césaire", uma leitura de Vergès sobre o legado deste grande pensador e sua incontornável atualidade.

Ao mesmo tempo em que é um conceito chave para o respeito e a segurança nas relações sexuais contemporâneas, o consentimento tem sido muitas vezes entendido de forma equivocada ou superficial. Neste livro que reúne o conhecimento e a experiência de três mulheres engajadas nos debates e nas lutas contra a violência de gênero, o tema, complexo, ganha uma abordagem aprofundada, corajosa e, sobretudo, descomplicada. Reunindo referências dos campos da psicologia, do direito, da literatura especializada, além de uma série de exemplos de casos conhecidos e situações que atingem cotidianamente meninas e mulheres, as autoras apresentam as nuances que estão em jogo quando falamos de violência sexual e suas diversas manifestações. Com isso, disponibilizam um repertório essencial sobre o assunto para ser lido com a família, na escola, entre amigas, de forma aberta e franca, porque somente com informação e conhecimento poderemos criar uma sociedade mais saudável, justa e segura. Você encontrará neste livro: - O que dizem as leis - Descomplicando o "juridiquês" - Os tipos de violência sexual - Casos notórios e exemplos cotidianos - Avisos de gatilho - Dicas de leituras adicionais e filmes -Onde procurar ajuda e como ajudar

A partir das formas de se falar sobre o amor, o psicanalista Christian Dunker apresenta em A arte de amar a história, as nuances e os desafios atuais da experiência amorosa.   O amor é o sentimento que define e molda os seres humanos; às vezes entendido como martírio, algo que deve ser evitado a qualquer custo, outras como a solução para todos os problemas. O amor move, constrói e destrói barreiras. É parte da jornada de autocompreensão e autoconhecimento que todos vivenciam no decorrer da vida. Ao longo da leitura, Dunker apresenta os elementos que compõem a anatomia e a gramática do amor, destrinchando as nuances dos afetos, emoções e sentimentos humanos e evidenciando os desafios da experiência amorosa na sociedade do século XXI. Ele sugere que descobrir como entender e controlar desejos atravessa um conhecimento profundo de si e um entendimento do que representa a construção coletiva do que significa amar. Baseado no curso que lecionou na Casa do Saber, em 2019, A arte de amar defende que o amor é algo que acontece entre palavras, presumindo que a escuta é uma espécie de condição elementar para todo amor possível. Além disso, aproveita para discutir o que é essa escuta e como ela é uma espécie de prática, que se aprende, se cultiva e se desenvolve, como uma fase introdutória para exercitar a verdadeira arte de amar.

Biblioteca Villa Lobos - BVL

Vou te receitar um gato - Syou Ishida
Best-seller japonês chega ao Brasil trazendo história comovente e inovadora sobre como o amor de um animal pode mudar a nossa vida. No final de um beco escuro, há um prédio antigo onde funcionam vários estabelecimentos. Um deles é a Clínica Kokoro, um lugar que apenas as almas que mais precisam de ajuda conseguem encontrar. A misteriosa clínica oferece um tratamento exclusivo - e um tanto estranho - para aqueles que chegam até lá: gatos. Os pacientes muitas vezes ficam intrigados com essa prescrição nada convencional, mas quando "tomam" o animal pelo período recomendado, testemunham profundas transformações em suas vidas - efeito colateral causado pelos gatinhos brincalhões, cativantes e de vez em quando bagunceiros. Graças ao remédio milagroso - e muito fofo - receitado pelo excêntrico dr. Nike e sua enfermeira mal - humorada, Chitose, um corretor de investimentos se depara com uma alegria inesperada após ser demitido, um homem de meia - idade encontra paz no trabalho e em casa, uma mãe cansada se reconecta com a filha, uma designer de bolsas aprende finalmente a relaxar, e uma gueixa abalada pela perda de sua gata descobre como seguir em frente. À medida que os pacientes da clínica lidam com seus conflitos internos e buscam soluções, os companheiros felinos os conduzem à cura e lhes mostram que, às vezes, tudo o que você precisa é do amor de um gato.

A mulher independente - Simone de Beauvoir
Quando "O segundo sexo" foi publicado pela primeira vez na França em 1949 — revolucionário, audacioso, brilhantemente escrito e surpreendentemente moderno —, provocou tanto indignação quanto inspiração. A partir da pergunta “o que é uma mulher?”, Simone de Beauvoir desafiou as convenções sociais da época, demonstrando que a mulher sempre foi definida, na cultura ocidental, em oposição ao homem. "A mulher independente" contém três capítulos-chave dessa que é considerada a obra-prima de Simone. Encontram-se aqui a introdução do primeiro volume, assim como o capítulo IV, que dá nome a esta coletânea, além das páginas finais do segundo volume. Eles jogam luz sob a condição feminina na sociedade e identificam reformas sociais práticas para a igualdade de gênero. Esta seleção endossa a atualidade do pensamento de Simone de Beauvoir, que se tornou uma das maiores referências do feminismo em todo o mundo.

O monte que escalamos - Amanda Gorman
Amanda Gorman levou uma mensagem de verdade e esperança a milhões de pessoas e suscitou uma onda de interesse por sua poesia, publicada pela primeira vez no Brasil Em janeiro de 2021, com apenas 22 anos, Amanda Gorman declamou um poema na cerimônia de posse do presidente estadunidense, Joe Biden. O texto, intitulado "O monte que escalamos", se destinava aos Estados Unidos, mas seu chamado esperançoso sensibilizou o mundo todo. Esta edição especial eterniza o poema e nos oferece coragem, conforto e a inspiração necessária para mudar o mundo. Com prefácio elogioso de Oprah Winfrey, este livro celebra a promessa de um futuro melhor e reafirma o poder da poesia.

Bunny - Mona Awad
Samantha Heather Mackey não poderia estar mais deslocada como bolsista do seletivo programa de artes da Universidade Warren. Localizada na Nova Inglaterra, a instituição é famosa por receber a elite norte-americana. Tímida por natureza, Samantha prefere a companhia de sua imaginação sombria do que das outras pessoas, em especial suas colegas da turma de Escrita Criativa, um grupo de garotas ricas, lindas e mimadas que chamam umas às outras de “Bunny”. As coisas começam a mudar quando Samantha recebe um convite para uma das famosas festas das Bunnies e logo é atraída pelo estilo de vida sofisticado ― e um tanto sinistro ― das novas amigas. À medida que começa a se tornar uma Bunny, Samantha desvenda segredos macabros e descobre que a beleza e a perfeição são muito mais diabólicas do que os monstros que ela criava em sua própria mente. 

Assinado por Mona Awad, uma das mais instigantes e corajosas vozes da literatura contemporânea, Bunny desvenda o terror por trás dos clichês femininos. Com adaptação para filme confirmada, a obra une referências pop a um estilo narrativo frenético para abordar de forma inédita temas como classe e preconceito, solidão e pertencimento, amizade e desejo, e o poder fantástico e terrível da imaginação.

Biblioteca de São Paulo - BSP 

Eu, empregada doméstica: a senzala moderna é o quartinho da empregada - Preta Rara
As trabalhadoras domésticas nunca desejaram ser domésticas mas, por falta de opção, honraram essa profissão e desempenharam ótimo trabalho que, quase sempre, não é reconhecido. Estamos na luta para garantir nossos direitos trabalhistas até sermos respeitadas dentro do nosso local de trabalho, em busca de uma relação no qual possam humanizar nossa existência. Relembrar minhas dores e vivenciar as dores das trabalhadoras em cada relato que leio diariamente é de uma dor profunda, porém necessária para fazer a nossa voz ecoar. Mulheres trabalhadoras domésticas desse Brasil, foi tão difícil chegar até aqui, quantas de nós perdemos a vida dedicando a nossa existência em prol de pessoas que querem somente a nossa força de trabalho. Existimos e resistiremos cobrando nossos direitos. Grande abraço a todas as domésticas do Brasil. Força na luta! Ainda chegará um dia que nosso trabalho será reconhecido e, assim, o quartinho da doméstica deixará de ser a senzala moderna.

Fiordilatte - Miguel Vila
A antiga vila de Bessaniga é o pano de fundo para as tramas e relacionamentos mórbidos de Marco, Stella, Lulu e Daniele. Com um olhar voyeurista e desencantado, Vila desnuda os personagens, observando-os em suas hipocrisias, inseguranças e desejos inexprimíveis. Um soft-thriller psicológico sobre obsessão erótica e dependência emocional.

O livro da história LGBTQIAPN+ - Jack Higgins (Ilustrador)
O livro da história LGBTQIAPN+ oferece explicações claras e concisas dos principais movimentos e marcos culturais da comunidade que engloba pessoas homossexuais, trans e queers . A obra faz parte da coleção best-seller As Grandes Ideias de Todos os Tempos, que tem mais de 20 títulos publicados pela Globo Livros sobre assuntos diversos como medicina, direito, história, filosofia, psicologia, entre tantos outros.

Repleto de citações memoráveis e infográficos que desmistificam crenças e dogmas, o livro traz à luz histórias muitas vezes esquecidas e ocultas, além de ideias e eventos essenciais na trajetória e na cultura LGBTQIAPN+, como a Revolta de Stonewall, em Nova York; a criação do primeiro jornal gay do Brasil, em 1978, e a linguagem secreta pajubá, adotada pela comunidade trans no Brasil durante a ditadura militar e que hoje virou símbolo de representatividade.

Seja você alguém que anseia por descobrir mais sobre a história LGBTQIAPN+, ou que deseja ampliar seu conhecimento, vai encontrar muita inspiração e motivos para se emocionar com esta leitura.

O trem tá feio: como me curei da depressão - Gustavo Tubarão
“Sempre fui aleatório e falei uns trem muito aleatórios na minha vida, então este livro vai ter um pouco dessa cara também, mas não só isso, porque a preocupação desde sempre é entregar aqui e em tudo o que faço algo verdadeiramente bom, e que quem sabe mude o dia de alguém pra melhor.” Gustavo Tubarão, fenômeno do Instagram com mais de 8 milhões de seguidores, tornou-se reconhecido pelo seu humor e sua simplicidade. Adotou o apelido e o símbolo de Tubarão por morrer de medo do bicho, e aí encontrou sua força. Que nem o Batman com o morcego. Mineiro de Cana Verde, ele se orgulha de suas origens e de sua cultura por meio de seus vídeos, que alavancaram sua carreira. O jovem de 23 anos também é muito sincero ao falar dos seus problemas – uma cacetada deles. Depressão, síndrome do pânico, transtorno borderline... Ele fala muito sobre tudo isso aqui neste trem. Sem deixar de rir. Porque o riso não deixa de ser uma arma. E pode te ajudar se você também tá passando por essas coisas. Num livro divertido, envolvente – e, quando precisa, muito sério, por que não? –, Gustavo escancara sua vida e seus medos com muita franqueza e sensibilidade. Bora neste trem que a prosa é boa!

E para facilitar as leituras e torná-las ainda mais fáceis de compreender, a BibliON desenvolveu também um planner de leitura que deixará o desafio mais organizado - faça o download - com páginas individuais para cada livro; espaço para título, autor/a, editora, comentários e destaque de trechos mais relevantes.

BibliON Para utilizar o serviço gratuito de empréstimos de livros, basta que os interessados acessem www.biblion.org.br ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro. 

O usuário pode fazer empréstimo de até duas obras simultâneas, por 15 dias. A BibliON permite ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios. E o sistema de busca permite que o usuário utilize diversos filtros, como tema, autor, categoria ou título - ou até mesmo leitura indicada para grupos etários, como leitura infantil e juvenil.

É possível ler em dispositivos móveis, sem a necessidade de usar dados do celular, por meio do download prévio do título ou, ainda, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela; escolher diferentes modos de leitura para dia ou para noite e acionar a leitura em voz sintetizada, para saída em áudio do texto.

A BibliON, biblioteca digital gratuita de São Paulo, é uma iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo sob gestão da SP Leituras. 

Sobre a Biblioteca de São Paulo
Inaugurada em fevereiro de 2010, a Biblioteca de São Paulo (BSP) está localizada no Parque da Juventude, no terreno em que funcionou a Casa de Detenção de São Paulo (conhecida como Carandiru), na zona norte da capital paulista. A qualidade do acervo, as atividades de programação cultural e os serviços oferecidos deram um novo significado ao espaço, transformando-o em uma praça cultural, local de acolhimento e descobertas. Inspirada nas melhores práticas das bibliotecas públicas do Chile e da Colômbia, soma mais de 4 milhões de visitantes e visa promover o incentivo à cultura, à leitura e à literatura. Ocupa uma área de 4.257 metros quadrados para atender o público - crianças, jovens, adultos e idosos com ou sem deficiência. A BSP é um equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social SP Leituras.

Sobre a Biblioteca Parque Villa-Lobos
A Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL), localizada dentro do parque de mesmo nome, é um espaço convidativo para a leitura, fruição da cultura e interação entre as pessoas. Além de um amplo acervo literário, atualizado semanalmente, oferece várias atividades gratuitas, como encontro com escritores, contação de histórias, saraus, oficinas, cursos, apresentações musicais, entre outros eventos de uma extensa programação. O local conta ainda com sala de games, ludoteca, computadores com acesso à internet, auditório, aparelhos de tecnologia assistiva, deck com vista para o parque, bicicletário e skatário. É um equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social SP Leituras.

Créditos: Vitória Matos | Growth Comunicações

* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Biblioteca Africana *

Vidas impressas - Intelectuais negras e negros na escravidão e na liberdade *

Confira a programação de dezembro do Museu da Língua Portuguesa *