Teatro Sérgio Cardoso recebe estreia da terceira parte da Trilogia Grande Sertão: Veredas - "O Julgamento de Zé Bebelo" *
Foto meramente ilustrativa. |
No dia 4 de outubro de 2024, às 19h, o Teatro Sérgio Cardoso, instituição vinculada à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte, será palco da estreia de "O Julgamento de Zé Bebelo", terceira parte da Trilogia Grande Sertão: Veredas. A peça é um recorte de um dos trechos mais marcantes do clássico "Grande Sertão: Veredas", do renomado escritor mineiro João Guimarães Rosa. A temporada prossegue até 27 de outubro.
"O
Julgamento de Zé Bebelo" transporta o público para a transição entre a
República Velha e o início do governo de Getúlio Vargas, explorando o sistema
dos jagunços e o poder dos coronéis. Zé Bebelo, um chefe jagunço derrotado, ao
invés de ser executado, exige um julgamento "correto e legal". A peça
retrata um panorama único de justiça, com Joca Ramiro assumindo
o papel de juiz e garantindo a Zé Bebelo o direito à defesa.
O projeto Trilogia Grande Sertão: Veredas teve
início em 2020, com a estreia de "Riobaldo", indicado ao Prêmio Shell
2022 nas categorias de Melhor Ator e Dramaturgia. Em 2022,
foi a vez de "O Diabo na Rua, No Meio do Redemunho" dar
continuidade à obra. Desde então, a trilogia tem viajado pelo Brasil e pelo
mundo, incluindo apresentações em Portugal e Bogotá.
A montagem, estrelada por Gilson de
Barros e dirigida por Amir Haddad,
preserva a poética de Guimarães Rosa, com uma encenação minimalista que prioriza
a força narrativa e as questões universais presentes na obra.
Sinopse
O Julgamento de Zé Bebelo é um recorte do livro Grande Sertão: Veredas, escrito
por João Guimarães Rosa. A passagem ilustra a transição do período da República
Velha - o sistema de coronéis (1889-1930), para o Governo Provisório e
Constitucional de Vargas (1930-1937), onde o escritor mineiro traça um panorama
do “Sistema Jagunço”.
Gilson de Barros (ator e dramaturgo)
Indicado ao Prêmio Shell 2023 nas categorias de Melhor
Dramaturgia e Melhor Ator, este notável operário do teatro destaca-se por sua
versatilidade como ator, gestor e dramaturgo. Com formação em Artes
Cênicas pela UNIRIO, sua sólida trajetória inclui colaborações com renomados
diretores como Augusto Boal, Luiz Mendonça, Mário de Oliveira e Domingos
Oliveira, além de uma significativa parceria artística com Amir Haddad na
Trilogia Grande Sertão: Veredas. Com mais de 25 peças em seu currículo, atuou
em produções diversas, como "Bolo de Carne" de Pedro Emanuel,
dirigido por Yuri Cruschevsk; "Murro em Ponta de Faca" com texto e direção de
Augusto Boal; e "A Tempestade" de Shakespeare dirigido por Paulo
Reis, entre outras. Seu talento foi reconhecido com prêmios destacados,
incluindo Melhor Ator no Festival Inter-regional de Teatro do Rio em 1982
e o prêmio de Melhor Ator no Festival de Teatro SATED/RJ em 1980.
Amir
Haddad
Li as duas primeiras páginas do ‘Grande Sertão’ várias vezes até
perceber que aquela ‘língua’ tinha tudo a ver comigo. O resto da
narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi
a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma
tradução, era um livro brasileiro, escrito na ‘língua’ brasileira.
Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e
contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor
estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu
li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê
Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.
Ficha
Técnica
Recorte e atuação: Gilson de Barros
Direção: Amir Haddad
Cenário e direção de arte: José Dias
Iluminação: Aurélio de Simoni
Programação visual: Pedro Azamor
Produção e Assessoria de Imprensa SP: Fábio Camara
Assessoria de Imprensa RJ: Júlio Luz – 21 981279366
Fotos: Renato Mangolin
Realização: Barros Produções Artísticas Ltda.
Serviço
"O
Julgamento de Zé Bebelo"
Local: Teatro
Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista
Temporada:
04 a 27 de outubro de 2024 | Sexta-feira, sábado e domingo, às 19h
Ingressos: R$
30,00 (meia entrada) e R$ 60,00
Classificação
etária: 16 anos
Duração: 60
minutos
Capacidade: 149
lugares
Sobre
a Amigos da Arte
A Associação Paulista dos Amigos da Arte, Organização Social de
Cultura responsável pela gestão de chamadas públicas, do Teatro Sérgio Cardoso,
e do Teatro de Araras, além do Mundo do Circo SP, trabalha em parceria com o
Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004.
Música, literatura, dança, teatro, circo e
atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que
tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas
continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 19 anos de
atuação, a Organização desenvolveu cerca de 70 mil ações que impactaram mais de
30 milhões de pessoas.
Créditos: Angelina Colicchio Bosísio | Pevi 56
* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa
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