Luto no futebol: morreu Zé Carlos, ex-lateral-direito do São Paulo
Zé Carlos, pela Seleção Brasileira, contra a Holanda pela semifinal da Copa do Mundo FFIA 1998, na França. Foto: Ben Radford/Getty
O
ex-jogador Zé Carlos, de 56 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (25), por
conta de suspeita de parada cardiorrespiratória na casa de uma sobrinha, em
Osasco (SP), enquanto dormia. A família desconfiou de o fato de que ele
demorara para acordar hoje, acionando o Corpo de Bombeiros. O
ex-lateral-direito chegou a ser atendido no pronto socorro do bairro Santo
Antônio, onde foi confirmado o falecimento. Zé Carlos deixou dois filhos: um de
16 anos e uma de oito anos.
Nascido
em Presidente Bernardes, no interior paulista a cerca de 600 quilômetros da
capital paulista, em 14 de novembro de 1968, José Carlos de Almeida, o Zé
Carlos, antes de ingressar no futebol, trabalhou como bancário e metalúrgico,
iniciando no futebol em 1990, no São José, com 21 anos.
Depois,
Zé Carlos perambulou por equipes de menor expressão no futebol paulista, como
Nacional (SP), São Caetano, Portuguesa, Marília, União São João, além do
Juventude (RS).
Porém,
a sorte sorriu para ele na passagem pelela Matonense, onde se destacou e ajudou
a equipe de Matão a vencer o Campeonato Paulista A2 de 1997 e, logo, foi
contratado pelo São Paulo. Pela camisa do Tricolor, Zé Carlos ganhou a Bola de
Prata da revista Placar como melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro de
1997.
No
ano seguinte, Zé Carlos foi um dos destaques da equipe do Morumbi na conquista
do Campeonato Paulista de 1998. Suas boas atuações com a camisa do São Paulo
rendeu uma convocação pelo técnico da Seleção Brasileira, Zagallo. Pela
Amarelinha, o jogador atuou duas vezes: uma em um amistoso contra o Athletic de
Bilbao em preparação para a Copa do Mundo FIFA 1998 e a outra, que é até hoje
considerada uma das maiores partidas das histórias dos Mundiais, a semifinal
contra a Holanda, em 7 de julho de 1998, no lugar do suspenso Cafu. E, apesar
da desconfiança da mídia e de parte da torcida brasileira, o lateral não
comprometeu e permaneceu em campo nos 120 minutos e viu o Brasil superar a
Laranja nos pênaltis e ir à decisão.
Depois,
Zé Carlos foi emprestado ao Grêmio, onde conquistou o Campeonato Gaúcho e a
Copa Sul, ambos em 1999.
Além
disso, o jogador ainda passou por Ponte Preta e Joinville, onde foi campeão catarinense
em 2001. E o último clube de Zé Carlos foi o Noroeste, onde encerrou a carreira
em 2005.
Evidentemente
que, ao longo do dia, várias personalidades do futebol e clubes lamentaram a
morte do ex-jogador nas suas redes sociais, entre eles, o São Paulo, a
Portuguesa, o Grêmio entre outros.
Enquanto o falecimento de Zé Carlos ganhava repercussão, nesta sexta-feira foi realizado o velório de Maguila, ocorrido na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). O ex-boxeador morreu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, em decorrência de encefalopatia traumática crônica, doença degenerativa conhecida como “demência pugilística”, provocada por repetidos golpes sofridos na cabeça.
Descansem em paz, Zé Carlos e Maguila.
Por
Jorge Almeida
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