Sesc Consolação recebe a estreia em São Paulo do espetáculo infantil “PRISMA - eu sou assim”, que propõe um novo olhar sobre o autismo *
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| Foto meramente ilustrativa. |
Peça estreia dia 17 de janeiro com texto de Marcelo Romagnoli e direção de Cris Lozano
Uma fábula cênica ambientada no cérebro da
protagonista, onde o trio de artistas se multiplica em 12 personagens
Criado
para refletir sobre as múltiplas formas de perceber o mundo, o espetáculo
infantil PRISMA – eu sou assim é uma aventura que se
passa dentro e fora da cabeça de uma menina autista. Idealizada pela
atriz Tertulina Alves, da Cia Terralina, e dirigida
por Cris Lozano, a peça faz sua temporada de estreia em São Paulo
no Sesc Consolação (R. Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque, São
Paulo, SP), entre os dias 17 de janeiro e 14 de março, aos sábados,
às 11h.
Com dramaturgia de Marcelo Romagnoli, a trama
acompanha a trajetória de uma menina, desde o seu nascimento até os primeiros
anos do período escolar. A convivência com familiares, amigos e professoras é
encenada tanto no mundo externo quanto no universo interno da personagem. “O espetáculo
busca gerar encantamento ao mesmo tempo em que explora temas que estão no nosso
cotidiano: a diversidade e o pertencimento. Construímos uma história divertida
para toda a família”, conta o autor.
A
atriz e idealizadora do projeto, Tertulina, lembra que uma das frases que a
provocou no texto é: “quando um acolhe o outro, o mundo se ajusta, cada vez
menos avesso, cada vez menos estranho”.
“Nossa ideia foi escutar formas singulares de ser e estar no mundo. Se
cada pessoa tem suas particularidades, gostos e subjetividade, será que existe
mesmo um ‘normal’ ou essa ideia foi construída? Precisamos ampliar a escuta,
estar atentos e acolher todas as pessoas”, reflete Tertulina.
A diretora Cris Lozano acredita que a peça é um convite para
o público se conectar com o mundo de uma maneira diferente, sensível.
“Marcelo teve a ideia de ambientar a peça no cérebro da
personagem autista. Assim, o público pode compreender, de forma sensível, como
ela percebe e se relaciona com o mundo ao seu redor.”. Nessa viagem divertida
pela mente, os três artistas Amanda Nascimento, Alessandro Hernandez e Tertulina
Alves interpretam 12 personagens.
Como a representatividade é um dos pilares da criação
artística, parte da equipe criativa é autista: a atriz Amanda, o
ilustrador Bruno Urbanavicius e a diretora de movimento Ana
Paula Lopez.
“Outro ponto fundamental para PRISMA – eu sou assim foi
romper estereótipos e estigmas. O autismo ainda é majoritariamente associado
apenas a meninos, então optamos por dar protagonismo a uma menina. Isso dialoga
com o fato de que o diagnóstico em mulheres costuma ser mais tardio, já que
muitas aprendem a camuflar comportamentos”, comenta Tertulina.
Para Amanda, o teatro é uma ferramenta potente de
transformação social. “Recebi meu diagnóstico de autismo de forma tardia, já na
vida adulta, aos 30 anos. Por isso, nas minhas reflexões, estou sempre pensando
em acessibilidade e em um fazer teatral que não reproduza opressões”, relata a
atriz.
Gênese
Tertulina recorda como nasceu a inspiração para montar o
espetáculo: “Minha pesquisa começou em 2022, quando meu companheiro Bruno
Urbanavicius foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Artista plástico premiado e com superdotação, seus relatos sobre a infância
chamavam atenção pelo sofrimento vivido e pelos traumas gerados. Para ele, a
escola foi um espaço de difícil convivência, e seu questionamento recorrente
era: ‘Por que sou assim?’”, conta Tertulina.
A montagem foi pensada para promover a inclusão. O espetáculo
oferece recursos sensoriais, como fones de abafadores de ruído para redução dos
impactos sonoros e massinha de modelar, como opção para manipulação sensorial .
A Cia Terralina também teve um cuidado especial com a sonoplastia e a
iluminação da peça.“Nas conversas, especialmente com a Amanda, aprendemos que,
para criar um ambiente mais confortável para pessoas autistas, a luz não
poderia piscar rapidamente e o som não deveria ser excessivamente grave ou
agudo.” Esses aprendizados passaram a orientar todos os meus projetos futuros”,
afirma a diretora.
PRISMA – eu sou assim foi contemplado
pelo Edital Fomento CULTSP PNAB N32/2024- Produção e Temporada de Espetáculo
Infantojuvenil Inédito.
Sinopse:
PRISMA – eu sou assim é uma aventura cheia de graça que
se passa dentro e fora da cabeça de uma menina autista. A peça é o ponto de
vista bem-humorado e inusitado desta criança e a plateia acompanha sua
história: o nascimento, a infância, as relações familiares, a escola, as
interações com os amigos e as primeiras descobertas de vida.
Dramaturgia: Marcelo
Romagnoli
Direção
artística: Cris
Lozano
Elenco: Amanda
Nascimento, Alessandro Hernandez e Tertulina Alves
Trilha
sonora original: Camila Couto
Cenário
e luz: Marisa
Bentivegna
Figurino: Chris Aizner
Direção
de movimento: Ana Paula Lopez
Preparação
de movimento: Leticia Sekito
Criação
e confecção de boneco: Marco Lima
Consultoria
de Acessibilidade e inclusão: Cris Muñoz
Adereços: Jorge
Luiz Alves
Cenotecnia: Edilson Quina
Costura: Judite Lima
Operação
de luz: Marina
Gatti
Operação
de som: Camila
Couto
Microfonista: Pedro
Semeghini
Ilustrador: Bruno
Urbanavicius
Identidade
visual: Andrea Pedro
Mídias
sociais: Flávio
Petins
Assessoria
de Imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia
Fontes
Produção: Corpo Rastreado
- Leticia Alves
Créditos: Dani Valério | Canal Aberto
* Este conteúdo
foi enviado pela assessoria de imprensa

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