Jethro Tull: 30 anos de “In Concert”
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| “In Concert”, álbum ao vivo do Jethro Tull, completa 30 anos em 2025. |
No
último dia 24 de abril, um registro ao vivo do Jethro Tull completou 30 anos de
seu lançamento: trata-se do álbum “In Concert” (não confundir com “Live At Hammersmith ’84“, de 1990), que traz uma
(parte) apresentação da banda de Ian Anderson realizada no Hammersmith Odeon,
em Londres, mas que foi gravado originalmente em 8 de outubro de 1991.
Produzido por Pete Ritzema, o disco saiu pela Windsong International.
Ou
seja, pela data da gravação do show do JT, a banda estava em turnê do álbum “Catfish Rising“,
lançado em 1991. O play começa com uma pequena introdução de “Minstrel In The Gallery”
emendada com “Cross-Eyed
Mary“, o que é de causar estranheza em dar meros 25 segundos
para uma ótima música, pelo menos Ian Anderson e companhia começaram bem com a
clássica faixa de “Acqualung”
(1971).
E,
depois de tocarem “This
Is Not Love“, a banda manda muito bem em “Rocks On The Road“,
depois de incrivelmente apresentada por Anderson. Aliás, essa versão é melhor
que a de estúdio. Em seguida, para delírio do público, a clássica “Heavy Horses“,
com suas passagens acústicas incrivelmente bem renderizadas. A parte do vocal
está no mesmo nível e, à medida que a música se desenvolve, o grupo toca cada
vez mais. É um dos pontos altos do tracklist.
Na
sequência, o Tull manda dois temas de “Catfish Rising“: “Like A Tall Thin Girl“, que, particularmente achei
desnecessária a sua execução ao vivo, enquanto “Still Loving You Tonight“, com um ritmo mais
lento, foi um ótimo número para o show, com destaque para o solo emocionante de
Martin Barre (que, inclusive, esteve recentemente aqui em São
Paulo celebrando os 50 anos de sua ex-banda).
A
banda seguiu a apresentação com outro clássico (ou parte dele): “Thick As A Brick”
que aqui, apesar da ótima performance do Jethro Tull, teve “apenas” 7’48” de
duração. Na sequência, os caras voltam suas raízes ao mandar bala no blues de “New Day Yesterday“,
do álbum “Stand Up”
(1969). Em seguida, a banda tocou um blues instrumental com o óbvio título
“Blues Jam” e, para finalizar, “Jump Start“, um bom tema bluesy de “Catfish Rising“,
que ganhou uma ótima versão ao vivo.
Como
podemos notar, o play não contém o show na íntegra, mas apenas parte dele, pois
o álbum contém apenas dez temas. Aliás, é até compreensível que músicas como “Locomotive Breath”
e “Acqualung”
ficarem de fora, mas, outras como “Kissing Willie” e “Farm On A Freeway“, teriam sido uma escolha melhor
para o tracklist para substituir as simplórias “Like A Tall Thin Girl” e “Blues Jam“.
Para
efeito de curiosidade, a relação completa das músicas tocadas no concerto foi a
seguinte: “Minstrel In The
Gallery/Cross-Eyed Mary“, “Kissing Willie“, “Rocks On The Road“, “This Is Not Love“, “Heavy Horses“, “Like A Tall Thin Girl“, “The Whistler” (instrumental), “White Innocence“,
“Still Loving You Tonight“,
“Doctor To My Disease“,
“Sleeping With My Dog“,
“Paparazzi”
(instrumental), “Thick
As A Brick“, “A
New Day Yesterday/Bourée“, “Look Into The Sun” (instrumental), “Farm On The Freeway“,
“Jump Start“, “Acqualung” e “Locomotive Breath/Black Sunday (instrumental)/Minstrel In The Gallery
(Reprise)“.
Em
suma, na época, o Jethro Tull tinha um vasto material que poderia deixar esse “In Concert”
memorável. Embora, não custa lembrar, que o grupo promovia o álbum “Catfish Rising“,
considerado uma dos trabalhos menos inspirado dos caras, juntamente com “A” (1980) e “Under Wraps”
(1984).
Não se trata de um disco ruim, porém, dependendo de quantos álbuns ao vivo do Jethro Tull que você tenha, haverá uma boa quantidade de faixas “duplicadas” entre as opções disponíveis e que, provavelmente, as versões das melhores músicas deste álbum são semelhantes às de outros registros ao vivo. Mas a grande verdade é que, para quem é colecionador ou fanático pela banda de Ian Anderson, é um registro que vale a pena, mas para quem quer ter algo ao vivo do Tull, sugiro “Bursting Out” (1978).
A seguir, a
ficha técnica e o tracklist da obra.
Por Jorge
Almeida

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