Multiartista Andersen Viana é premiado em concurso musical no Chile *


Com mais de 50 premiações no currículo, artista alcança o 2º lugar no XII Concurso Internacional de Composición para Orquesta - Festival Puente

Ganhador de mais de 50 premiações em diferentes países do mundo, o multiartista Andersen Viana obteve, neste mês, o segundo lugar no  XII Concurso Internacional de Composición para Orquesta – Festival Puente.  Realizado no Chile,  o concurso está entre os mais prestigiados e concorridos da América Latina. Criado pela Orquesta Marga Marga – fundada em 2010 por Luís José Recart e que se apresenta em 66 concertos em cada temporada –, o concurso de composição já está na 12ª edição consecutiva, quando se  candidataram dezenas de compositores  do Brasil, Chile, Equador e Colômbia.

Por meio de metodologia única,  três obras foram selecionadas para serem executadas publicamente no dia 13 de novembro de 2025, no Palácio Vergara em Viña del Mar, onde um júri internacional de compositores e maestros outorgou a Andersen Viana o 2º Lugar com a obra “Mensagens”.

“A peça é incrível, excelente. Sua técnica Tocado-Cantado produz um timbre mágico, espetacular e poderoso. Parabenizo este multiartista e estou muito grato, porque as pessoas deveriam se orgulhar de poder tocar suas obras. Andersen é motivo de orgulho para a América Latina”, disse José Luís Recart, maestro e diretor artístico da Orquestra Marga Marga.

Sobre a obra premiada
“Mensagens” (Mensajes) é uma obra complexa para orquestra de cordas, dividida em quatro movimentos diferenciados com diversas subdivisões e com duração de 18 minutos. Esta obra dialoga não apenas com outras obras anteriores de Andersen Viana (“Projeto Hibridismo”), como também integra estruturas sonoras extraídas das Três Peças para Piano Op.11 de Arnold Schoenberg.

O uso da escrita idiomática específica aos instrumentos de cordas faz-se igualmente preponderante em “Mensagens”, em que o uso sistemático de cordas duplas, triplas, quádruplas, harmônicos naturais e artificiais, collegno, pizzicato Bartok, sul ponticello, sordina e diversas combinações destes efeitos estão presentes e em constante movimento no decorrer da obra, dialogando, também, com a rítmica de Igor Strawinsky e a temática de Dimitri Shostakovich.

“Mensagens” termina com a reexposição do motivo inicial do Movimento I (Vivacissimo) como uma Coda e finalização da obra, alternando monodia, polifonia e micropolifonia, com amplo uso do cromatismo, politonalidade e atonalidade.

Destaque também nos EUA
Outra obra de Andersen Viana,  escrita para Coro “Ùltimas Palavras”, que faz alusão ao uso excessivo de violência por parte das polícias estadunidense e brasileira, que incluiu proposta de mudança no currículo destas instituições (vide George Floyd e Genivaldo de Jesus), foi selecionada, neste mês, entre 600 obras vindas de todo o mundo, para ser apresentada na 1ª Bienal de Música Nova da Universidade de Heidelberg – Estados Unidos.

Uma gravação demonstração de “Ùltimas Palavras”, pode ser ouvida em:

https://soundcloud.com/vianabr2005/ultimas-palavras-by-andersen

Sobre o  multiartista
Mineiro de Belo Horizonte, Andersen revelou o dom para as artes aos 12 anos, quando escreveu uma novela sobre bandidos mexicanos invasores em Minas Gerais, fazendo também os desenhos das personagens. Desde então, não parou mais. Estudou, aprimorou-se e passou a se dedicar a várias artes: música, audiovisual, literatura e pintura.

Os estudos musicais de Andersen começaram com seu pai, Sebastião Vianna (reconhecido maestro, flautista, pianista, e acordeonista brasileiro que, durante anos, trabalhou como assistente e revisor de Heitor Villa-Lobos, e continuaram nas seguintes instituições: UFMG, UFBA, Accademia Filarmonica di Bologna, Arts Academy of Rome, Accademia Chigiana di Siena e Royal College of Music in Stockholm.

A trajetória do multiartista é marcada também pela dedicação à área acadêmica. Ele é PhD pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especializações em quatro academias na Itália e na Suécia (países onde foi bolsista), com artigos publicados no Brasil e exterior. Aos 19 anos, já lecionava música.

Atuou como músico e professor concursado na Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes (www.fcs.mg.gov.br), em Belo Horizonte, por 34 anos. Por sua obra criativa — cerca de 500 trabalhos, entre composições, projetos, argumentos, livros, filmes, roteiros, entre outros —, recebeu 57 premiações e distinções em países como Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Chile, EUA, Espanha, França, Itália, Índia, Malásia, Reino Unido, Singapura, Suíça e Ucrânia.

Entre os prêmios recebidos estão: Prêmio Schubert (Reino Unido, 2023); Prêmio Genzmer (Alemanha, 2022); Prêmio Piero Farulli  (Itália 2021); Medalha de Honra da UFMG (2021); Prêmio  de Composição Lambersart  (França 2006).

Créditos: Márcia Maria Oliveira Queiroz

* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa

 

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