Kiss: 50 anos de “Alive!”
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| "Alive!", do Kiss, completa 50 anos de lançamento em 2025. |
Hoje, 10 de setembro, “Alive!”, o primeiro registro ao vivo oficial do Kiss, completa 50 anos de lançamento. Produzido por Eddie Kramer, o disco saiu pela Casablanca. Na época, o disco foi considerado um marco porque saiu em vinil duplo (o que era um fato raro naquela época) e foi lançado por uma banda que só havia lançado, até então, três discos de estúdio (“Kiss”, “Hotter Than Hell” e “Dressed To Kill”), ou seja, não tinha aquela experiência em turnês.
O Kiss estava
roubando a cena nas apresentações ao vivo, devido à sua teatralidade:
explosões, fogos de artifício, Gene Simmons cuspindo sangue – falso -, entre
outras peripécias. Mas, mesmo sendo assim, a banda não era bem vista pela crítica.
Em compensação, era idolatrada pelos jovens ianques, para desespero dos pais.
Foi então
que, em 1975, o grupo fez a tamanha ousadia: gravar um disco duplo ao vivo,
principalmente, pelo fato de a gravadora do Kiss (a Casablanca Records, de Neil
Bogart) estar passando por necessidades financeiras. E o atrevimento deu certo:
“Alive!” vendeu mais do que eles
previam (mais de 22 milhões de cópias pelo mundo), recebendo, inicialmente, o
disco de platina. Com isso, o Kiss passou de ser uma banda promissora para
supergrupo.
O álbum
mostrou que os músicos do Kiss estavam mais virtuosos e maduros. Foi neste
trabalho, que apareceu a versão que consagrou “Rock And Roll All Nite” como o hino do rock and roll.
O primeiro
trabalho ao vivo dos mascarados foi gravado durante cinco concertos, nas
cidades de Cleveland, Detroit (no lendário Cobo Hall), Tri-Cities, Wildwood e
Springfield.
Contudo, “Alive!” tem suas polêmicas, como o uso
de “overdubs”, ou seja, diz a lenda que algumas músicas foram reajustadas em
estúdios. Eddie Kramer, produtor do álbum, Gene Simmons e Paul Stanley disseram
certa vez que apenas algumas músicas sofreram interferências em estúdio. Porém,
o próprio Kramer disse que a guitarra de Ace Frehley e a bateria de Peter Criss
são as únicas partes que foram realmente gravadas ao vivo.
A revista
Circus, elegeu “Alive!” como o
segundo melhor álbum de 1975, perdendo para o não menos clássico, “Physical Graffiti”, do Led Zeppelin. E
também, o primeiro “live” do Kiss, constantemente é citado entre os maiores
álbuns “ao vivo” da história do rock.
O álbum
apresenta um erro na ordem das faixas: era para “Rock And Roll All Nite” fechar o quarto lado da “bolacha” e, não “Let Me Go, Rock And Roll”.
Assim, como
todos os trabalhos do Kiss, “Alive!”
foi remasterizado e re-lançado em CD (duplo). Além disso, na caixa “Alive! 1975 – 2000”, que reúne os três
primeiros “Alives” do Kiss e mais um outro álbum ao vivo, que era para ter sido
lançado como “Alive IV”, há um
livreto que apresenta um erro no crédito da faixa “Cold Gin”: está creditado para Paul Stanley, sendo que na verdade,
seu autor é Ace Frehley.
O LP alcançou
a posição número nove nas paradas e ficou por 110 semanas, o mais longo da
história do Kiss.
“Alive!” começa com aquela famosa
introdução que até hoje faz parte dos concertos do Kiss: “… You wanted the best, you got the best, the hottest band in the
world: Kiss”. A voz que anuncia a banda no LP, é do manager Junior
Smalling.
Com certeza,
este disco marcou muito a história do rock, principalmente aos dois fãs
sortudos que foram captados pelas lentes do fotógrafo da banda, na época.
Porque quando Alive! foi lançado, eles apareceram na contracapa, segurando uma
faixa em homenagem ao Kiss.
A primeira
música de “Alive!” é “Deuce”, gravada
originalmente no ‘debut’ do Kiss, de 1974. Esta faixa é constantemente
utilizada pela banda na abertura de seus shows. De resto, é aquilo tudo que
conhecemos do Kiss: um clássico atrás do outro, mesclando músicas dos três
primeiros trabalhos dos mascarados. Com direito a longos solos de Ace Frehley em
“She” e de Peter Criss em “100,000 Years”, assim como o diálogo de
Paul Stanley com a plateia durante a execução desta.
A seguir a
ficha técnica e o tracklist de Alive!
Por Jorge
Almeida

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