O passado pode não passar: a literatura como forma de resistência, por Marden Marques Soares*

 

Foto meramente ilustrativa.

Em meio ao turbilhão das redes sociais que engole a vida, há um refúgio onde o tempo desacelera: a literatura. Mais do que entretenimento, os livros são guardiães da memória coletiva, capazes de traduzir traumas, resistências e esperanças em palavras que atravessam gerações.

A ficção, especialmente quando mergulha nos meandros da história política de um país, revela verdades que documentos oficiais nem sempre alcançam. Ao humanizar personagens e reconstituir contextos, ela resgata vozes silenciadas e mantém vivas as lições que o presente tende a esquecer. Às vezes até de forma espontânea.

É sob esse prisma que a literatura cumpre seu papel mais importante: ao abordar temas esquecidos de uma forma acessível e atraente, permite não apenas lembrar, mas também alertar. Em tempos de amnésia histórica e distorções ideológicas alarmantes, romances que revisitam períodos conturbados ajudam a construir consciência crítica e – o mais importante – conduzem a reflexões que podem evitar que erros do passado se repitam.

Por isso, sob esse ponto de vista, ler não é só um ato de lazer. É um exercício de cidadania, resistência e reconexão com os elos invisíveis que nos ligam uns aos outros e ao tempo que nos formou. É, além disso, um fio de esperança num futuro melhor e mais humano.

*Marden Marques Soares é consultor financeiro e autor de três livros, incluindo o lançamento “O fio que liga tudo”, que constrói uma narrativa sobre memória e resistência em períodos de opressão

Agradecimentos: Maria Clara Menezes | LC Agência de Comunicação

 

** Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa

 

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