Blue Öyster Cult: 50 anos de “On Your Feet Or On Your Knees”
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“On Your Feet Or On Your Knees”: o primeiro ao vivo do Blue Öyster Cult, que completa 50 anos em 2025 |
No último dia 27 de fevereiro, o primeiro registro ao vivo do Blue Öyster Cult, “On Your Feet Or On Your Knees”, completou 50 anos de seu lançamento. Com músicas que foram gravadas em diversos locais durante a turnê de “Secret Teatries” entre abril e outubro de 1974, o ‘live’ saiu em disco duplo, foi produzido por Murray Krugman e Sandy Pearlman e saiu pela Columbia Records.
O álbum
apresenta 12 músicas, sendo dois covers e três temas de cada um dos três
primeiros trabalhos da banda. Esse trabalho é um testemunho da brutalidade
sonora que o Blue Öyster Cult fazia em cima do palco, onde os caras faziam com
competência a sua especialidade: um Hard Rock melódico, com base nas guitarras,
e temáticas que variam entre ficção científica e ocultismo. A banda foi taxada,
por um tempo, como o “Black Sabbath americano”, o que, sinceramente, levaria
como um elogio.
A seleção das músicas foi ótima, porém, alguns clássicos ficaram de fora e foram inseridas em discos ao vivo posteriores, como “Astronomy” e “Dominance And Submission”, por exemplo. Ao todo, a obra tem uma hora e vinte de duração, mas que, infelizmente, não teve mais músicas adicionadas quando o disco foi remasterizado em 2012.
Esse ‘live’ é um prato cheio para quem gosta de solos de guitarra, pois a barulheira é sensacional e a guitarra de Buck Dharma fica à frente durante todo o setlist. As músicas são mais ‘hard’ e rápidas, embora eles mantivessem as melodias e a musicalidade em relação aos trabalhos originais.
Como
o álbum é resultado de uma copilação de uma série de shows da turnê do então
disco que estavam a promover, a obra perdeu um pouco por não tratar de uma
apresentação típica, ou seja, captada apenas de um show. Por exemplo, “Subhuman” ficou
estranha para iniciar o play, ainda mais quando a música seguinte, “Harvester Of Eyes“,
começa com aplausos e a banda sendo apresentada ao público. É nítido também que
a plateia está entusiasmada, porém, a banda não interage também com os fãs, o
máximo é algo do tipo: “Está música está no nosso último disco e se chama…”.
Excetuando essas ligeiras observações, o repertório é perfeito. É uma pedrada atrás da outra: a já citada “Harvester Of Eyes”, “Hot Rails To Hell”, “The Red And The Black”, “Cities on Flame With Rock-And-Roll“, “Then Came The Last Days Of May“, que apresenta alguns dos melhores trabalhos de guitarra e vocais de Donald ‘Buck Dharma’ Rooser. Além do cover matador de “Born To Be Wild” (sim, aquela mesma do Steppenwolf).
No play é
mostrado que todos os membros da banda estão no topo de sua forma, oferecendo
uma mistura interessante entre aquele som Proto-Hard Rock /metal em teclados
suaves e até excursões de sintetizadores.
O álbum
alcançou o 22º lugar na Billboard 200, tornando-o o álbum de maior ranking da
banda nos Estados Unidos.
Este é
considerado como um dos melhores álbuns ao vivo de Hard Rock e Heavy Metal que
saiu na primeira metade da década de 1970. Vale a pena a aquisição.
A seguir, a
ficha técnica e o tracklist da obra.
Por Jorge
Almeida
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