AC/DC: 50 anos de “T.N.T.”
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| "T.N.T.", do AC/DC, completa 50 anos de lançamento em 2025. |
Hoje, 1° de dezembro, o segundo disco de estúdio (no mercado australiano) do AC/DC, “T.N.T.”, completa 50 anos de lançamento. Gravado em períodos distintos entre março e julho de 1975 nos estúdios da Albert, em Sydney, o trabalho saiu pela Albert Productions e produzido pela dupla Harry Vanda e George Young.
Após o sucesso feito por conta do ‘coveraço’ de “Baby, Please Don’t Go”, lançado em “High Voltage” (1975), na terra dos
cangurus, o AC/DC deixou as experimentações feitas com diversos músicos e
adotou por definitivo a fórmula pela qual consagrou a banda: Rock And Roll
puro, pesado, baseado no R&B capitaneados pelos riffs endiabrados de Angus
Young e pelo carisma, presença de palco e malícia de Bon Scott.
E o resultado foi tão positivo que, após estourarem
na Austrália, a gravadora do grupo resolveu lança-lo no mercado internacional.
A repercussão que girou em torno do AC/DC incentivou Malcolm Young e Bon Scott
a convencerem o restante da banda a se mudarem para a Inglaterra, onde ficara
instalados inicialmente em uma casa simples em Barnes, onde podiam tocar até
altas horas. Aos poucos, os caras foram “ganhando terreno” em Londres, chegando
a se apresentar no icônico Marquee Club.
Mas, voltando a “T.N.T.”, além dos irmãos Young e Bon
Scott, a formação contou com o baixista Mark Evans e Phil Rudd na bateria. O
disco começa com a ótima “It’s A Long
Way To The Top (If You Wanna Rock ‘N’ Roll)”, em que Scott se manifesta ao
reforçar que a estrada do rock está distante de ser glamorosa. Além disso, por
sugestão de George Young, o vocalista também toca gaita de fole. Um início
certeiro e fumegante. É uma pena que, infelizmente, o grupo não toca esse
clássico nos shows.
O play também traz outros
temas icônicos, como a própria faixa-título, que surgiu por meio de um
improviso de Angus Young e que, com o seu ilustre canto de guerra – “Oi! Oi! Oi!” -, passou a fazer parte
rotineira dos shows do AC/DC. Outro destaque fica por conta de “The Jack”, que traz um malicioso Bon
Scott e que passou a ser o “número de strip-tease” de Angus. Outro petardo vem
com “Rocker”, uma música com um
ataque preciso, rápido e explosivo. E uma releitura de “School Days”, de Chucky Berry, uma das principais inspirações dos
irmãos Young.
Apesar de a obra ter sido
lançada apenas na Austrália, aos mais desavisados (o que não é o caso dos fãs
do AC/DC), as faixas que constituem “T.N.T.”,
estão “espalhadas” na discografia internacional do grupo, mais precisamente nos
álbuns “High Voltage” (1976), "Dirty Deeds Done Dirt Cheap" (1976)
e “Let There Be Rock” (1977).
Embora tenha saído no mercado
interno, foi com “T.N.T.” que o AC/DC
incendiou o Hard Rock australiano e pavimentou sua trajetória para se tornar
uma das maiores bandas de rock de todos os tempos e a história nunca mais foi a
mesma. Enfim, o título justifica o nome: é dinamite pura com doses cavalares de
Rock And Roll.
E que chegue logo fevereiro
de 2026 para vermos esses senhores.
A seguir, a ficha técnica e o tracklist da obra.
Por Jorge Almeida

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