'Maldito Modigliani' estreia nesta quinta (13/11) *
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| Foto meramente ilustrativa. |
Marcando o centenário da morte de Amedeo Modigliani, produção explora o gênio rebelde do indiscutível mestre da arte do século XX
Para
marcar o centenário da morte de Modigliani, o documentário "Maldito
Modigliani" ("Maledetto Modigliani"), produzido pela 3D
Produzioni e Nexo Digital, chega aos cinemas de todo o Brasil nesta
quinta-feira, dia 13 de novembro de 2025. Dirigido por Valeria Parisi e
coescrito com Arianna Marelli, o documentário explora a vida e a obra de Amedeo
Modigliani (1884-1920), um pintor de vanguarda que se tornou um
artista contemporâneo clássico, amado e imitado em todo o mundo. A distribuição
é da Autoral Filmes.
O filme está em cartaz nas cidades de Aracaju (SE),
Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro
(RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Praças e horários podem ser conferidos no
Instagram @autoral_filmes.
Nascido
em Livorno, Toscana, Dedo ou Modì, como o artista era frequentemente apelidado,
viveu uma vida curta e atormentada, narrada aqui de um ponto de vista original:
o de sua jovem esposa, Jeanne Hébuterne, que cometeu suicídio dois dias após
sua morte no Hôpital de la Charité, em Paris, em 24 de janeiro de 1920. Jeanne
estava grávida na época e deixou uma filha de um ano.
O
documentário começa com a personagem Jeanne e a leitura de um trecho
de "Les Chants de Maldoror", livro que Modigliani sempre carregava
consigo. O filme desenrola-se pelos corredores de museus, enriquecido pelas
obras expostas no Museu Albertina, situado em Viena, pela exposição dedicada ao
artista no Museo della città, em Livorno, bem como pelos corredores da National
Gallery em Washington e de outros museus pelo mundo fora.
Compreender
Modigliani, o quarto filho de uma família de origem judaica à beira de uma
crise financeira, significa começar pela sua cidade natal, Livorno, numa
província italiana que o fez sentir-se enjaulado desde o início. Modigliani
decidiu partir e ir em busca de algo diferente. Foi para Florença, depois para
Veneza e chegou a Paris em 1906, aos 21 anos. Parecia o lugar certo. Foi ali
que nasceu a lenda de Modigliani – mulherengo, alcoólatra, artista
trágico.
Neste
documentário, as próprias pinturas nos falam, filmadas em cenários dedicados,
desde "La Filette en Bleu" até o retrato de Jeanne
Hébuterne. Alcançando um equilíbrio perfeito entre imagens da cidade como ela é
hoje, fotos em preto e branco e imagens de arquivo como era então, a voz narrativa
de Jeanne nos fala sobre Paris na virada do século: a ville lumière,
a metrópole, o centro da modernidade. Era um mercado de arte já estabelecido e
um ímã que atraía, de toda a Europa, pintores e escultores que passavam fome na
época, mas que hoje valem milhões, principalmente o próprio Modigliani.
Mudando-se
de um alojamento para outro, Amedeo Modigliani, pobre, faminto, mas cheio de
entusiasmo, conheceu uma aspirante a poetisa, a russa de 20 anos, Anna
Achmatova, e a jornalista e feminista inglesa Beatrice Hastings. Essas eram as
mulheres que ele retratava, e cujos rostos, quase cariátides, tornaram-se os
próprios ícones de sua arte. Algo que ele tinha em comum com Pablo Picasso,
Constantin Brancusi e outros - o primitivismo: um interesse por culturas
antigas e não europeias, outros lugares no espaço e no tempo onde artistas de
vanguarda buscavam um retorno à natureza, ameaçados pela modernidade. A
interpretação de Modigliani do primitivismo era, no entanto, única, pois ele a
fundia com a tradição clássica e renascentista.
"Maldito
Modigliani" reconstitui os passos do artista pelos lugares que mais
frequentou: ruas, praças, o bairro Venezia Nuova em Livorno, a sinagoga, o
mercado central, todos os lugares nas montanhas e no campo onde aprendeu seu
ofício com os pintores Macchiaioli e onde encontrava o arenito e o mármore para
suas estátuas. Em seguida, descobrimos Modigliani por meio de comparações entre
sua obra e a de outros artistas contemporâneos, sobretudo Brancusi e Picasso, e
seus espaços de trabalho e arte (o Atelier Brancusi no Centro Pompidou e o
Museu Picasso em Paris).
Temos
também as fantásticas carruagens da Nuit Blanche, o festival de artes
parisiense que dura a noite toda, representando as possíveis alucinações
causadas por drogas e bebidas - haxixe, ópio e absinto - que abrem as portas da
visão. Há também seus negociantes e colecionadores de arte: Paul Alexandre,
médico e patrono das artes; Paul Guillaume, o "dândi arrivista" cujo
retrato foi pintado diversas vezes; Léopold Zborowski, o último negociante de
arte de Modigliani, um poeta aventureiro que — graças à sua convivência com o
colecionador de arte Jonas Netter — conseguiu garantir-lhe um pequeno salário
mensal.
Modigliani,
no entanto, morreria pobre e sem reconhecimento. Só mais tarde se tornou um dos
artistas mais conceituados do mundo. E um dos mais copiados. Seu estilo parece
fácil, mas apenas na aparência. Nós o encontramos no porto franco de Genebra,
no ateliê de Marc Restellini, um dos maiores especialistas mundiais em Modigliani.
E depois em Londres, em meio a feiras de arte e no ateliê de um artista que é
um falsificador declarado e agora assina abertamente suas obras de imitação.
As
entrevistas neste documentário, além de Marc Restellini, também incluem uma
série de estudiosos e artistas como com Paolo Virzì, Simone Lenzi, Gérard
Netter, Antonio Marras, Laura Dinelli, Emilia Philippot, Jacqueline Munck, e
Klaus Albrecht Schröder e outros. A trilha sonora original é assinada pela
dupla Maximilien Zaganelli e Dmitry Myachin.
"Maldito Modigliani" ("Maledetto Modigliani"), de Valeria Parisi
Estreia nos cinemas brasileiros dia 13 de novembro de 2025
País: Itália | Gênero: Documentário biográfico | Duração: 90min
Praças de exibição: @autoral_filmes
Trailer Legendado
Direção: Valeria Parisi
Roteiro: Arianna Marelli e Valeria Parisi
Produção: Franco di Sarro e Didi Gnocchi
Produção Executiva: Chiara Donà
Elenco: Marc Restellini, Paolo Virzì, Simone Lenzi, Gérard Netter, Antonio Marras, Laura Dinelli, Emilia Philippot, Jacqueline Munck, Klaus Albrecht Schröder e outros.
Para marcar o centenário da morte de Modigliani, este documentário explora a vida e a obra de Amedeo Modigliani (1884-1920), um pintor de vanguarda que se tornou um artista contemporâneo clássico, amado e imitado em todo o mundo.
Nascido
em Livorno, Toscana, Dedo ou Modì, viveu uma vida curta e atormentada, narrada
aqui a partir de um ponto de vista original: o de sua jovem esposa, Jeanne
Hébuterne, que cometeu suicídio dois dias após sua morte. Jeanne, juntamente
com a aspirante a poetisa russa Anna Achmatova e a jornalista inglesa
Beatrice Hastings, foram as mulheres retratadas por ele, e cujos rostos, quase
cariátides, tornaram-se os próprios ícones de sua arte.
Sobre Autoral Filmes
A
Autoral Filmes, fundada no início de 2025, teve sua origem através dos sócios
do Paradigma Cine Arte, Felipe Didoné e sua mãe, Marize Didoné, que desde
2010 mantém a sala de cinema que é uma instituição cultural em Florianópolis
(SC).
A
Distribuidora vem do desejo dos sócios de ampliar as atividades no mercado do
cinema, replicando na distribuição o mesmo conceito de filmes independentes e
de arte que formam seu conceito na exibição.
Como
seu nome deixa claro, a Autoral Filmes terá seu foco no cinema de autor e em
documentários de arte, focando em produções escolhidas a dedo, tanto nacionais
como estrangeiras, prezando sempre a alta qualidade dos filmes.
Para
Felipe Didoné, diretor da distribuidora, "a Autoral Filmes é a realização
de um sonho, de expandir os horizontes para além da distribuição, mantendo a
curadoria elegante que sempre foi o diferencial do Paradigma Cine Arte".
Créditos:
Isidoro B. Guggiana
* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa

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