"3ª Mostra Cinema, Mineração e Meio Ambiente" na av. Paulista discute tragédias e dilemas *
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Foto meramente ilustrativa. |
Evento gratuito no Reserva Cultural exibe sete produções que abordam os impactos socioambientais da mineração, uma realização do Instituto Camila e Luiz Taliberti
De 24 a 27 de julho, o cinema Reserva Cultural (Av.
Paulista, 900 – Bela Vista), em São Paulo, será tomado por
histórias ainda soterradas. A “Mostra Cinema, Mineração e Meio Ambiente” apresenta
ao público documentários e ficções que questionam o custo humano e ecológico da
extração mineral, promovendo reflexão e debate sobre os impactos da mineração:
A mostra, que tem entrada gratuita, é uma realização do Instituto
Camila e Luiz Taliberti, que completa seis anos neste mês.
Dentre os títulos exibidos está “O Silêncio das Ostras” (2024),
obra brasileira de ficção que estreou este mês nos cinemas e já é sucesso de
crítica. O público também terá a oportunidade de conferir os filmes “O
Monstro de Ferro Contra o Sul da Bahia” (2025), “O Maior Trem
do Mundo” (2019), “Mar de Lama” (2023), “Ao
Fundo” (2023), “Memorial Vivo” (2023), além dos
filmes inéditos, como “Suçuarana” (2024) e “O Monstro
de Ferro”.
Todas as sessões começam às 20h e contam com a exibição
de um curta e um longa-metragem. Ao fim de cada uma, haverá um bate-papo
com convidados e a participação do público. A ideia é permitir uma
imersão não apenas nos filmes apresentados, mas também saber sobre as
motivações das histórias, bastidores e as temáticas envolvidas nas obras.
“Essa mostra nasceu do desejo de dar visibilidade
às histórias de pessoas e lugares ceifados pela mineração que permanecem
ignoradas ano após ano. O cinema é uma ferramenta poderosa de sensibilização.
Nossa provocação é pela urgência de alternativas humanas e sustentáveis para a
mineração que se pratica hoje”, comenta Helena Taliberti, presidente do Instituto
Camila e Luiz Taliberti.
Em sua 3ª edição, a Mostra tem sido ponto de encontro da arte e
ativismo, levando um tema caro ao país para o debate na cidade onde a economia
gira, mas que a mineração não faz parte do dia a dia das pessoas. “Diferentemente
de outras regiões onde a mineração é protagonista na economia e na força de
trabalho, São Paulo não vive o minério. Há seis anos, quando criamos o
Instituto, tomamos a decisão de ele ser na capital paulista exatamente para
ampliar os horizontes desse debate e a Mostra de Cinema tem sido fonte
importante para reconhecer seus impactos”, reforça Helena.
O Instituto, criado em memória dos irmãos Camila e Luiz, que perderam a vida no rompimento da barragem de rejeitos de minério Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, promove ações culturais e de sustentabilidade que alertam a sociedade para os riscos da mineração predatória. Desde sua criação, o Instituto atua para transformar luto em mobilização cultural e ambiental, promovendo debates sobre sustentabilidade e direitos das comunidades afetadas pela mineração.
Sobre o Instituto Camila e Luiz Taliberti
(ICLT) – Entidade sem fins lucrativos, o Instituto Camila e Luiz
Taliberti, fundado em julho de 2019 por amigos e familiares de Camila e
Luiz para honrar o legado dos irmãos, vítimas do rompimento da
barragem do Córrego do Feijão, na cidade de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro
de 2019. O ICLT atua promovendo ações culturais e de sustentabilidade em prol
da conscientização sobre as consequências da mineração para as comunidades, além
de fazer vasta reflexão sobre o futuro da nossa sociedade, a sua relação com o
meio ambiente e o cuidado com os mais vulneráveis. Entre os projetos recentes
estão a Mostra de Cinema, Mineração e Meio Ambiente (2023 e 2024) e a exposição
Paisagens Mineradas (2024). Saiba mais em somossementes.org.br.
Créditos:
Milka Veríssimo
* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa
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